Durante uma celebração ecumênica na terça-feira (21/01), a bispa de Washington, Mariann Edgar Budde, fez um apelo direto ao presidente Donald Trump. A religiosa pediu que ele demonstrasse misericórdia aos imigrantes e à população LGBTQ, destacando os medos enfrentados por esses grupos. “Em nome do nosso Deus, peço-lhe que tenha misericórdia das pessoas em nosso país que estão assustadas”, afirmou. A fala destacou a importância da inclusão e da proteção às minorias, atraindo a atenção do público presente e gerando repercussão.
Trump reage com críticas ao discurso da bispa
Trump, presente no evento, inicialmente minimizou o discurso da bispa, perguntando de forma irônica: “Você gostou? Acha isso emocionante? Não acho que foi um bom serviço”. No entanto, em declarações posteriores, o presidente aumentou o tom. Ele chamou Mariann Budde de “desagradável” e disse que ela deveria se desculpar publicamente.
Presidente acusa bispa de politizar a igreja
Mais tarde, por meio de sua plataforma Truth Social, Trump acusou a bispa de usar a religião para promover uma agenda política. Segundo ele, a líder religiosa ignorou questões importantes, como o que chamou de “crimes cometidos por imigrantes ilegais”. “Ela trouxe sua igreja para o mundo da política de uma forma muito desagradável”, afirmou.
Além disso, Trump criticou o serviço religioso, descrevendo-o como “chato e pouco inspirador”. Ele também afirmou que a igreja e a bispa precisam se desculpar por suas declarações, que considerou inadequadas.
Polêmica expõe tensões entre religião e política nos EUA
O episódio evidencia a crescente interseção entre religião e política nos Estados Unidos. Por um lado, líderes religiosos como Budde utilizam sua posição para abordar questões sociais e defender grupos marginalizados. Por outro lado, Trump e seus apoiadores veem tais discursos como uma interferência política inadequada. Este embate reflete a polarização no país, especialmente em temas relacionados à imigração e aos direitos LGBTQ, e intensifica debates sobre os limites do papel da religião na política.
Perguntas frequentes
A bispa Mariann Edgar Budde pediu que Donald Trump demonstrasse misericórdia aos imigrantes e à população LGBTQ. Em seu discurso, ela destacou o medo que essas comunidades enfrentam diariamente, afirmando: “Há crianças, gays, lésbicas e transgêneros em famílias democratas, republicanas e independentes, que temem pela vida delas”.
Trump criticou a bispa Mariann Budde, acusando-a de trazer política para o ambiente religioso de maneira inadequada.
O embate destacou a polarização nos Estados Unidos entre líderes religiosos que defendem causas sociais e políticos que acusam essas falas de promoverem agendas ideológicas. O discurso da bispa e a resposta de Trump reacenderam debates sobre imigração, direitos LGBTQ e a relação entre religião e política, temas que dividem profundamente a sociedade norte-americana.
