China aceita discutir acordo comercial “benéfico” com os EUA de Trump

China aceita discutir acordo comercial “benéfico” com os EUA de Trump

Nos últimos dias, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reacendeu as tensões comerciais ao anunciar, durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça, a intenção de aplicar uma tarifa de 10% sobre produtos chineses a partir de 1º de fevereiro. Segundo Trump, o déficit comercial de US$ 1,1 trilhão com a China é “ridículo” e exige um acordo mais justo. Contudo, apesar de sua postura firme, ele deixou claro que prefere evitar medidas extremas, mas ressaltou que as tarifas representam uma poderosa ferramenta de pressão sobre o governo chinês.

China opta por um tom conciliador

Por outro lado, a China respondeu de forma diplomática às declarações de Trump. Mao Ning, porta-voz do governo chinês, destacou em uma coletiva de imprensa em Pequim que a relação comercial entre os dois países continua sendo mutuamente benéfica. “A China nunca buscou, de forma deliberada, um superávit comercial com os EUA. Apesar das diferenças e atritos, há espaço significativo para fortalecer o diálogo e a consulta”, afirmou. Além disso, ela enfatizou que guerras comerciais prejudicam todas as partes envolvidas, gerando impactos negativos tanto para as economias nacionais quanto para o comércio global.

Líderes mantêm diálogo para resolver imes

Adicionalmente, Trump revelou que, há cerca de uma semana, conversou diretamente com o presidente chinês, Xi Jinping, por telefone. Durante a ligação, os dois líderes discutiram temas importantes, como o futuro do TikTok nos Estados Unidos, o controle do fentanil e o equilíbrio do comércio bilateral. Após o diálogo, Trump demonstrou otimismo ao afirmar: “Minha expectativa é que resolveremos muitos problemas juntos, e começando imediatamente”. Esse contato reforça que, mesmo com divergências, ambos os países entendem a importância de manter o canal diplomático aberto.

China aborda a questão da guerra na Ucrânia

Além do comércio, Mao Ning também comentou a postura da China em relação à guerra entre Rússia e Ucrânia. Ela reafirmou o compromisso do governo chinês em buscar uma solução pacífica para o conflito. “Estamos dispostos a promover negociações de paz e manter a comunicação com todas as partes envolvidas”, afirmou.

Relação EUA-China entre atritos e cooperação

Portanto, as recentes trocas de declarações evidenciam que, embora haja divergências profundas, os dois países reconhecem a interdependência econômica que os une. Assim, tanto Estados Unidos quanto China continuam buscando caminhos para reduzir as tensões e avançar em suas relações bilaterais, enquanto equilibram interesses próprios e demandas internacionais.

Perguntas frequentes

Por que as tensões comerciais entre EUA e China continuam em alta?

As tensões comerciais entre EUA e China se mantêm devido ao desequilíbrio na balança comercial, que, segundo o ex-presidente Donald Trump, registra um déficit de US$ 1,1 trilhão a favor da China. Além disso, temas como tarifas, o controle de tecnologias como o TikTok e questões relacionadas à regulamentação de substâncias como o fentanil aumentam as divergências. Apesar disso, ambos os países têm mantido diálogos para buscar soluções que beneficiem ambas as partes.

Como a China reage às ameaças de tarifas impostas pelos EUA?

A China adota uma postura diplomática, enfatizando que a cooperação econômica entre os países é mutuamente benéfica. Mao Ning, porta-voz do governo chinês, afirmou que o país não busca deliberadamente um superávit comercial e reforçou que guerras tarifárias prejudicam todas as partes, inclusive o comércio global. A China tem buscado fortalecer o diálogo e minimizar atritos.

O que Trump e Xi Jinping discutiram em sua última conversa?

Na última ligação entre Donald Trump e Xi Jinping, os dois líderes abordaram temas como o equilíbrio do comércio bilateral, o futuro do TikTok nos EUA, o controle do fentanil e outros assuntos sensíveis. Trump descreveu a conversa como produtiva e demonstrou otimismo quanto à possibilidade de resolver os problemas rapidamente, reforçando a necessidade de cooperação para melhorar a relação entre as duas potências econômicas.

Veja também
Recentes