Abílio Brunini (PL), candidato à Prefeitura de Cuiabá, reafirmou sua proposta de instalar câmeras nas secretarias municipais para monitorar os servidores públicos e combater a corrupção. Durante entrevista ao Jornal da Cultura, nesta terça-feira (27), Abílio destacou que o objetivo da medida é identificar aqueles que participam de fraudes, sem generalizar as acusações. “A câmera não acusa todos de ladrões e corruptos. Ela só identifica quem é: separa o joio do trigo”, explicou o candidato.
Câmeras como ferramenta para combater fraudes
De acordo com Abílio, a instalação das câmeras serviria como uma ferramenta essencial para fiscalizar possíveis irregularidades cometidas por servidores. Ele argumentou que fraudes em licitações, por exemplo, são situações que inevitavelmente envolvem funcionários públicos. “Se nenhum funcionário é ladrão, por que houve 21 operações policiais? Tem como alguém desviar medicamentos ou fraudar contratos sozinho? Não. Alguém foi cúmplice”, afirmou, reforçando a necessidade de vigilância.
Além disso, o candidato mencionou a Operação Sangria, que investigou desvios de recursos na saúde de Cuiabá e envolveu o ex-secretário de Saúde, Huark Douglas. Segundo Abílio, um servidor público teria fiscalizado e avalizado os contratos irregulares. “O fiscal do contrato era um servidor. O que queremos é monitorar quem faz o errado e proteger quem age corretamente”, esclareceu.
Abílio não teme perder apoio do funcionalismo público
Quando questionado se teme perder votos entre os servidores públicos, Abílio deixou claro que não tem receio da reação do funcionalismo. Ele afirmou que seu compromisso com a verdade é inegociável, mesmo que isso prejudique suas chances eleitorais. “Vamos ignorar os esquemas de corrupção que envolvem servidores públicos? Eu sempre digo a verdade. Às vezes, isso me custa uma eleição, mas também me coloca na posição onde estou”, destacou o candidato.
Na eleição ada, Abílio gerou desgaste com os servidores ao ameaçar uma demissão em massa na Prefeitura. O candidato do PL ainda enfrenta resistência entre o funcionalismo público, especialmente devido ao seu estilo polêmico de expor os trabalhadores durante as fiscalizações, principalmente na área da saúde. Portanto, muitos veem suas ações como desrespeitosas e até mesmo exageradas, o que contribui para o distanciamento entre ele e parte dos servidores.
