Durante depoimento à I das Apostas Esportivas, nesta semana, a influenciadora Virginia Fonseca evitou revelar quanto ganhou com campanhas publicitárias para casas de apostas. Questionada por senadores, ela afirmou que não pode divulgar os valores por orientação de seus advogados, mas garantiu que não ficou milionária com os contratos.
Mesmo sem apresentar números, Virginia reafirmou que todas as parcerias seguiram os critérios legais à época e que não houve má-fé ou ilegalidade em sua atuação como divulgadora.
“Sou testemunha, não investigada”, diz influenciadora
Com mais de 45 milhões de seguidores, Virginia compareceu à I como testemunha, e não como alvo de investigação. Em sua fala, destacou que só assinou contratos com empresas que apresentaram documentação formal e CNPJ ativo. Segundo ela, os acordos foram validados por advogados e seguiram as normas legais em vigor.
A influenciadora também afirmou que não sabia de qualquer envolvimento das casas de apostas com práticas irregulares, como manipulação de resultados ou falta de licença para operar.
Senado pressiona por mais transparência e proteção ao público jovem
Mesmo sem acusação formal, a postura da influenciadora dividiu opiniões entre os parlamentares. Senadores cobraram transparência nos ganhos e alertaram para os riscos de expor públicos vulneráveis à publicidade de jogos de azar. O principal foco da crítica recai sobre o alcance de campanhas digitais que atingem, muitas vezes, adolescentes e jovens adultos, mais suscetíveis ao vício.
A I considera que campanhas legais também geram impacto social, especialmente quando usam apelos visuais e linguagem que incentivam o consumo de apostas.
I prepara novas medidas para regular o setor
O depoimento de Virginia integra uma série de oitivas com influenciadores, atletas e representantes do setor de apostas. A I pretende apresentar um projeto de regulamentação da publicidade digital, com critérios objetivos sobre idade mínima do público, transparência contratual e responsabilidade da figura pública que divulga o produto.
Perguntas e respostas:
Não. Durante a audiência, Virginia informou que, por orientação de seus advogados, não poderia divulgar os valores. Ela apenas declarou que “não ficou milionária” com os contratos, apesar do grande alcance das campanhas.
Não. Virginia afirmou que todos os contratos foram firmados com empresas legalizadas, com CNPJ ativo e documentação regular. Segundo ela, todas as campanhas aram por análise jurídica e, até onde sabia, não havia nenhuma irregularidade nas plataformas promovidas.
Os parlamentares alertaram para o alto poder de influência de Virginia, especialmente sobre jovens e menores de idade. Eles cobraram transparência nos ganhos e defenderam a criação de regras mais rígidas para a publicidade digital de apostas, que hoje ocorre sem limites claros sobre público-alvo e responsabilidade dos divulgadores.
