Um vídeo que mostra a primeira-dama da França, Brigitte Macron, dando um tapa no rosto do presidente Emmanuel Macron no aeroporto de Hanói, Vietnã, dominou as redes sociais neste domingo (25). A imagem, inicialmente classificada como “falsa” pelo Palácio do Eliseu, reacendeu o debate sobre o uso de inteligência artificial para manipulação de vídeos com figuras públicas.
Minutos após a chegada do casal presidencial ao Vietnã, imagens gravadas por ageiros e jornalistas circularam rapidamente. A gravação exibe Brigitte, aparentemente irritada, desferindo um tapa no rosto de Macron diante das câmeras. O incidente ocorreu antes do início oficial da agenda diplomática de Macron no Sudeste Asiático.
Negação inicial e o perigo da desinformação
A primeira reação oficial do governo francês foi negar a autenticidade das imagens, alegando se tratar de conteúdo manipulado por inteligência artificial generativa. O comunicado visava conter a repercussão, mas acabou ampliando a polêmica. Especialistas destacaram o perigo de governos recorrerem ao discurso de “vídeo falso” sem evidência clara, o que pode minar a confiança pública em momentos de crise real.
Após novas imagens de diferentes ângulos confirmarem o ocorrido, o Palácio do Eliseu voltou atrás e itiu a veracidade do vídeo, sem revelar detalhes sobre o motivo da briga. A nova postura gerou críticas à gestão da comunicação oficial da presidência.
Tecnologia, reputação e política
O caso evidencia como a inteligência artificial pode interferir diretamente em narrativas políticas. Ao mesmo tempo, levanta preocupações quanto à rapidez com que autoridades negam fatos com base em supostas manipulações digitais, mesmo diante de evidências públicas.
Pesquisadores em comunicação política alertam que o uso equivocado da alegação de IA para encobrir eventos reais pode comprometer ainda mais a transparência de governos e alimentar teorias conspiratórias.
Perguntas e respostas
Era verdadeiro. Após negar, o governo francês confirmou a autenticidade.
Não. Mas foi usada como justificativa inicial para desacreditar as imagens.
Compromete a credibilidade institucional e expõe falhas na comunicação oficial.
