Vereador de Cuiabá preso por envolvimento com facção permanece no cargo

Paulo Henrique

Na sexta-feira (20), a Polícia Federal prendeu o vereador Paulo Henrique (MDB) de Cuiabá por envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro ligado a uma facção criminosa. Embora ele esteja preso, a Câmara Municipal ainda não o afastou formalmente. Conforme a Lei Orgânica do Município, Paulo Henrique está temporariamente licenciado, mas, até agora, Raufrides Macedo, seu suplente, não foi convocado.

A Câmara Municipal de Cuiabá ainda não convocou o suplente de Paulo Henrique, apesar das expectativas. O regimento interno determina que a convocação só ocorre após 30 dias de afastamento. Eronildes Dias da Luz, chefe de apoio legislativo, explicou que, como o prazo legal não foi cumprido e a duração da prisão do vereador permanece indefinida, Raufrides Macedo continua aguardando. Assim, o processo segue conforme a legislação.

Investigações revelam esquema de lavagem de dinheiro

As investigações que resultaram na prisão de Paulo Henrique mostram um esquema bem estruturado de lavagem de dinheiro. De acordo com a Polícia Federal, o vereador teria utilizado sua posição para facilitar a emissão de alvarás e licenças para eventos noturnos organizados pela facção criminosa. Esses eventos, por sua vez, serviam como fachada para a lavagem de dinheiro. Além disso, as investigações apontam que Paulo Henrique mantinha contatos diretos com os líderes da facção, participando de reuniões presenciais e virtuais.

Além de seu cargo como vereador, Paulo Henrique também atuava como servidor na Secretaria de Ordem Pública. Esse vínculo com a istração pública, conforme a polícia, foi um dos fatores que permitiram a continuidade do esquema ilícito.

Câmara aguarda desdobramentos legais antes de decidir afastamento

Durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de Cuiabá, realizada na terça-feira (24), a ausência de Paulo Henrique foi registrada oficialmente, mas o caso de sua prisão ainda não foi debatido de forma direta. A Mesa Diretora aguarda os desdobramentos do processo legal para tomar uma decisão definitiva sobre o afastamento do vereador. Caso a prisão ultrae os 30 dias, a Mesa deverá deliberar sobre a convocação do suplente, Raufrides Macedo, para assumir a cadeira de Paulo Henrique.

Próximos os e possíveis consequências

O futuro político de Paulo Henrique depende dos desdobramentos judiciais. Caso a prisão se prolongue, a Câmara Municipal afastará o vereador e convocará Raufrides Macedo. O caso também levanta preocupações sobre a ligação entre políticos e facções criminosas, reforçando a necessidade de maior rigor na fiscalização pública e no combate à corrupção.

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