Uma recente decisão da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) tem gerado discussões sobre a concessão de verba extra aos deputados que ocupam cargos estratégicos. O novo presidente da Casa, Max Russi (PSB), defende a gratificação, alegando maior responsabilidade e dedicação dos parlamentares.

Por que existe a bonificação?
Segundo Russi, a medida busca reconhecer parlamentares que lideram bancadas, presidem comissões ou atuam na Mesa Diretora. Ele ressalta que esse modelo já existe em outras Assembleias, justificando sua adoção para recompensar quem dedica tempo adicional em visitas, debates e audiências públicas.
Impactos no orçamento e transparência
O salário base no estado é de R$ 29,4 mil, com previsão de chegar a R$ 34,7 mil em 2025. A verba extra, de aproximadamente R$ 17,3 mil, soma-se a outros auxílios, elevando a remuneração total. Críticos questionam se esse acréscimo é compatível com a realidade fiscal.
Alguns analistas defendem que o controle social deve fortalecer-se, garantindo que cada deputado apresente resultados concretos. Dessa forma, a população pode avaliar se a verba adicional reflete maior produtividade. Transparência e fiscalização são apontadas como pilares para legitimar ou contestar esse tipo de benefício.
Apoio e críticas no cenário político
Enquanto o presidente da ALMT defende a iniciativa como forma de valorizar o Poder Legislativo, setores da sociedade cobram equilíbrio nas contas públicas. Alguns deputados apoiam o reajuste, afirmando que ele segue padrões adotados no Congresso Nacional. Outros, porém, veem risco de distanciamento entre eleitos e eleitores.
Para preservar a harmonia entre os poderes, a justificativa é de que um Legislativo fortalecido garante a democracia. Entretanto, críticos enfatizam que a verba extra deveria ser revista, sobretudo em momentos de incerteza econômica. A divergência demonstra a relevância de ampliar o debate sobre remunerações em todos os níveis.
Independentemente das posições, o tema segue em evidência. A sociedade aguarda justificativas e resultados claros, cobrando que a Assembleia reflita as necessidades urgentes da população de Mato Grosso.
Três perguntas curiosas
- Como essa verba extra impacta a imagem do Legislativo entre os eleitores? Alguns especialistas acreditam que benefícios adicionais podem gerar desconfiança, mas defensores alegam transparência e prestação de contas.
- Há riscos de outras categorias do serviço público exigirem benefícios semelhantes? Possivelmente, pois decisões que aumentam vantagens podem criar precedentes para demais setores.
- Qual seria o limite justo para evitar desequilíbrios orçamentários? Muitos sugerem que o teto deve ser definido com base em análises técnicas e participação popular.