O Vaticano anunciou que o funeral do Papa Francisco ocorrerá no próximo sábado (26), às 10h (5h de Brasília), na Praça de São Pedro. A celebração será conduzida diante da icônica basílica onde ele fez sua última aparição pública, justamente no Domingo de Páscoa.
Desde já, a Santa Sé prepara a logística para receber milhares de fiéis. Na manhã desta quarta-feira (23), às 4h em Brasília (9h no horário local), o corpo será levado da Capela de Santa Marta até a Basílica de São Pedro, onde ficará exposto. Com isso, o Vaticano garante ao povo a possibilidade de uma última homenagem, como Francisco sempre defendeu durante seu pontificado.
Escolha do túmulo surpreende e envia mensagem clara
Francisco quebrou a tradição e decidiu não se sepultar na cripta usada por outros papas. Em vez disso, ele optou pela Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma — local onde rezava antes e depois de cada viagem.
Ao tomar essa decisão, o papa reforça a mensagem de humildade que pautou sua trajetória. Além disso, ao se afastar dos símbolos tradicionais de poder, ele reafirma sua preferência por uma Igreja menos centralizada e mais conectada com a periferia. Essa mudança, portanto, marca simbolicamente o fim de um ciclo e o início de uma nova reflexão interna na Igreja Católica.
Funeral se transforma em palco de sinais políticos
Além dos ritos religiosos, o funeral promete ser um evento geopolítico. Líderes de diferentes nações já confirmaram presença, enquanto outros ainda analisam se comparecerão. Por consequência, a cerimônia pode funcionar como um termômetro das relações internacionais no pós-Francisco.
Vale lembrar que, ao longo de seu papado, Francisco se posicionou sobre temas polêmicos, como migração, pobreza e aquecimento global. Assim, o ato de comparecer (ou não) ao seu funeral poderá revelar alinhamentos e afastamentos entre Estados, Igrejas e grupos de influência.
Perguntas frequentes
Porque ele escolheu Santa Maria Maggiore por afinidade pessoal e como sinal de simplicidade.
Representa a continuidade do seu compromisso com os fiéis e o desejo de aproximação da Igreja com o povo.
A presença ou ausência de líderes mundiais pode indicar novas alianças ou tensões no cenário internacional.