Um grupo de turistas vivenciou uma cena rara no Parque Nacional Torres del Paine, no Chile. Durante uma caminhada, eles foram surpreendidos por uma puma que se aproximou de maneira estratégica. O felino, ao avistar um guanaco — sua presa preferida na região —, utilizou os próprios visitantes como barreira para não ser notado.
De acordo com Felipe Roman, guia especializado na fauna da Patagônia e que acompanhava o grupo, o comportamento do animal foi surpreendentemente calculado. Segundo ele, “a puma nos presenteou com sua presença e nos usou como cobertura, o que mostra sua inteligência e adaptação ao ambiente”.
A arte da camuflagem: como o puma domina o território
Embora os pumas estejam amplamente distribuídos pelas Américas, é raro observá-los em plena ação. Isso ocorre porque esses felinos são solitários e extremamente discretos. Por esse motivo, cenas como a registrada no Chile despertam tanto fascínio. Além disso, a puma concolor é altamente adaptável: vive em florestas densas, desertos montanhosos e campos de estepe.
Ainda que se alimentem de diferentes animais, os pumas adultos preferem presas maiores, como cervos e guanacos. Já os mais jovens, por sua vez, iniciam sua vida predatória caçando presas menores, o que lhes permite desenvolver habilidades fundamentais para a sobrevivência.
Turismo e vida selvagem: equilíbrio ou risco?
Entretanto, esse tipo de aproximação entre humanos e grandes predadores levanta debates importantes. Por um lado, o turismo de observação contribui para a valorização da biodiversidade. Por outro, quando animais selvagens começam a perder o receio do contato humano, o equilíbrio natural pode ser comprometido.
Assim, especialistas recomendam que visitantes mantenham sempre uma distância segura e evitem qualquer tipo de interação. Dessa forma, é possível irar a fauna em seu habitat sem interferir em seu comportamento natural.
Perguntas frequentes
Ela se moveu com tranquilidade e de forma não ameaçadora, o que permitiu a observação sem alarde.
Porque estavam entre o felino e sua presa, permitindo que o animal asse despercebido pelo guanaco.
Eles podem mudar seus hábitos naturais, o que gera riscos tanto para os animais quanto para as pessoas.