O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou a pressão sobre as negociações de paz entre Rússia e Ucrânia. Nesta sexta-feira (18/4), ele afirmou que os EUA deixarão a mediação “muito em breve”, caso não haja um avanço concreto. Embora não tenha fixado uma data, Trump deixou claro que deseja uma solução rápida. No dia anterior, o secretário de Estado, Marco Rubio, já havia antecipado esse posicionamento ao afirmar, durante encontro em Paris, que a decisão sobre a continuidade das tratativas deve ocorrer “em questão de dias”. Ou seja, os EUA colocaram um ultimato sobre a mesa.
Conflito entre Trump e Zelensky expõe entraves
Além disso, o caminho para a paz enfrenta outros obstáculos. A proposta americana exige que a Ucrânia ceda territórios à Rússia e autorize os EUA a explorar minerais estratégicos no país. Como era de se esperar, o presidente Volodymyr Zelensky rejeitou os termos, o que gerou um confronto direto com Trump em fevereiro, na Casa Branca. Em seguida, Trump também criticou Vladimir Putin, alegando que o líder russo não demonstra pressa para avançar nas negociações. Enquanto isso, a Rússia continua ampliando seus ataques com o objetivo de conquistar novas áreas. Portanto, a proposta americana não encontra apoio sólido nem em Kiev, nem em Moscou.
Governo dos EUA redireciona esforços para a guerra comercial
Diante do ime diplomático, o governo dos EUA começa a redirecionar seu foco. Com a paz estagnada, Trump voltou sua atenção para a economia global. Mais especificamente, retomou o embate tarifário com a China, reacendendo a guerra comercial que marcou seu primeiro mandato. Desse modo, o governo americano sinaliza que pretende abandonar o papel de mediador para assumir uma postura mais combativa no cenário econômico internacional.
Perguntas frequentes
Ao condicionar a paz a concessões unilaterais, os EUA demonstram foco em seus próprios interesses.
Não. A proposta ignora os princípios básicos de autonomia territorial.
A retomada da disputa com a China sugere uma mudança estratégica deliberada.