Donald Trump optou por utilizar sua rede Truth Social não para promover mensagens de união, mas para retomar seu discurso agressivo contra o Judiciário, o governo Biden e as políticas migratórias dos Estados Unidos. Dessa forma, o ex-presidente reacendeu polêmicas que atravessam sua trajetória política.
Enquanto celebra a data, Trump acusa Biden de abrir as portas para criminosos
Logo nas primeiras linhas de suas postagens, Trump associou a celebração da Páscoa à crítica feroz contra Joe Biden. Segundo ele, o atual presidente “permitiu propositalmente” a entrada de milhões de imigrantes ilegais no país. Além disso, afirmou que as políticas de fronteira aberta representam “o ato mais calamitoso já perpetrado contra os Estados Unidos”. Para reforçar essa acusação, Trump sugeriu que Biden sequer governa sozinho, insinuando a existência de um “presidente oculto” por trás das decisões — tese que sustenta teorias da conspiração sobre supostas fraudes nas eleições de 2020.
Apesar das ordens judiciais, Trump desafia a Suprema Corte e continua com deportações
Em outro trecho da postagem, Trump redirecionou suas críticas ao Judiciário. Ele ironizou juízes federais e ministros da Suprema Corte, a quem chamou de “fracos e ineficazes”. A crítica surge logo após a Suprema Corte dos EUA ter suspendido temporariamente a deportação de venezuelanos com base na Lei de Inimigos Estrangeiros, de 1798. No entanto, mesmo diante da decisão, a istração trumpista ignorou a ordem e manteve a deportação do imigrante Kilmar Armando Abrego Garcia, que foi enviado a El Salvador apesar da proteção legal que detinha.
Com discurso alarmista, Trump retoma o temor da MS-13 para justificar deportações
Além das críticas institucionais, Trump recorreu a um caso específico para sustentar sua narrativa. Ele mencionou o imigrante supostamente ligado à gangue MS-13, apontando que o homem teria a sigla tatuada nos dedos. Apesar disso, tribunais já analisaram o caso e consideraram que, embora haja suspeitas, ainda existe espaço para revisão legal. Mesmo assim, Trump insistiu: “Fui eleito para tirar pessoas ruins dos Estados Unidos”. Nesse contexto, ele voltou a criticar o Judiciário por impedir que ele cumpra essa missão.
Perguntas frequentes
Na teoria, não. A Constituição prevê sanções, mas, na prática, punições contra um presidente dependem de processos complexos e politicamente sensíveis.
Porque, embora datada de 1798, ela continua válida. Contudo, seu uso desperta controvérsias jurídicas por permitir ações sem o devido processo legal.
Não. Depois que a deportação é concluída, apenas uma nova ordem judicial ou acordo diplomático pode autorizar o retorno do imigrante.