Trump quer fechar as portas de Hollywood ao cinema estrangeiro; Veja vídeo


Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos e pré-candidato republicano à Casa Branca, reacendeu o debate sobre protecionismo cultural ao defender uma tarifa de até 100% sobre filmes produzidos fora dos EUA. A proposta foi revelada em declarações recentes e pode se tornar uma política oficial caso ele vença as eleições em novembro. O argumento central é o mesmo usado em outras áreas econômicas: proteger o mercado nacional de uma suposta concorrência desleal.

Filmes internacionais ameaçados no maior mercado do mundo


Se a medida entrar em vigor, o governo americano obrigará as distribuidoras a pagar o dobro para exibir títulos internacionais. A tarifa atingirá diretamente países com forte tradição cinematográfica, como França, Reino Unido, Coreia do Sul, Brasil e Índia. O impacto será ainda mais severo para produções independentes, que dependem dos festivais e salas alternativas dos Estados Unidos para ganhar visibilidade global. Especialistas já alertam que o público americano perderá o à diversidade cultural trazida pelos filmes estrangeiros.

Hollywood dividida entre lucro e ideologia

Embora o discurso de Trump possa atrair parte da indústria interessada em recuperar espaço no mercado doméstico, grandes estúdios como Disney, Netflix e Warner Bros mantêm parcerias internacionais constantes. Muitos roteiros, diretores e produções premiadas são frutos dessas trocas culturais. O setor audiovisual globalizado não depende apenas de fronteiras: vive da colaboração. Restringi-lo com tarifas pode representar não proteção, mas estagnação criativa.

Além disso, essas colaborações internacionais não são apenas artísticas — elas movem bilhões em acordos de coprodução, distribuição e licenciamento. Filmes como Parasita (Coreia do Sul) e A Forma da Água (coprodução EUA-México) mostraram que parcerias globais rendem reconhecimento e lucro. Impor barreiras pode afastar talentos e investidores estrangeiros, dificultando a renovação do próprio cinema americano, que sempre se alimentou da diversidade de vozes e influências.

Três perguntas e três respostas

  1. O que propõe a tarifa de Trump?
    R: Cobrar até 100% de impostos sobre filmes produzidos fora dos EUA.
  2. Quem seria mais afetado?
    R: Produtoras de países como França, Coreia do Sul e Brasil, além de distribuidoras americanas.
  3. Hollywood apoia essa ideia?
    R: Parte da indústria é contra, temendo perdas criativas e comerciais.

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