A vereadora Maysa Leão (Republicanos) causou rebuliço ao itir publicamente que celebrou a saída da secretária municipal de Educação de Cuiabá, Solange Dias, após apenas 92 dias no cargo. Em declarações à imprensa, a parlamentar justificou sua posição alegando que a ex-gestora não tinha familiaridade com a rede de ensino local, mas garantiu que não havia motivos pessoais na crítica. O caso reacende o debate sobre a politização das pastas educacionais.
Os argumentos da vereadora
Maysa Leão afirmou que a ex-secretária, por ser “de fora”, não conhecia as 173 unidades escolares da capital mato-grossense, o que teria causado atrasos na gestão. A parlamentar elogiou a nomeação do novo secretário, Amauri Monge Fernandes – indicado pelo vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) – mas prometeu manter a fiscalização. Entre os problemas apontados estão atraso no início das aulas, carência de coordenadores e falta de cuidadores para alunos com deficiência.

A defesa da ex-secretária
Em contraponto, a vereadora Samantha Iris (PL) saiu em defesa de Solange Dias, atribuindo sua saída à “situação caótica” herdada pela gestora. A visão oposta revela a divisão política em torno da educação municipal, com diferentes interpretações sobre os reais motivos da mudança na secretaria. Especialistas em gestão pública questionam se 92 dias seriam suficientes para qualquer gestor implementar mudanças significativas na área educacional.
Os desafios da educação municipal
O episódio coloca em evidência os persistentes problemas da educação em Cuiabá, que vão desde a falta de profissionais qualificados até a dificuldade de o dos vereadores às informações da pasta. A rápida rotatividade no comando da secretaria – comum em muitas prefeituras brasileiras – preocupa educadores, que alertam para a necessidade de continuidade nos projetos pedagógicos.
Perguntas e Respostas
1. Quem é o novo secretário municipal de Educação?
Amauri Monge Fernandes, antes secretário adjunto, é indicado político do vice-governador Otaviano Pivetta.
2. Quais eram as principais críticas à gestão anterior?
Falta de conhecimento da rede municipal e dificuldades operacionais no início do ano letivo.
3. Isso afeta o andamento do ano letivo?
Especialistas temem que trocas frequentes na gestão prejudiquem a implementação de políticas educacionais de longo prazo.
Enquanto a nova gestão toma posse, a polêmica revela as complexas relações entre política e educação municipal. O caso de Cuiabá reflete um desafio nacional: como garantir gestões técnicas e eficientes em meio a disputas partidárias locais. A resposta pode definir o futuro da educação para milhares de estudantes cuiabanos.