Uma audiência pública na Câmara Municipal de São Paulo terminou em confusão nesta quinta-feira (29). O presidente do Sindicato dos Mensageiros, Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas (Sindmoto), Gilberto Almeida, e o vereador Lucas Pavanato (PL) trocaram empurrões durante o debate sobre a regulamentação do serviço de mototáxi na capital paulista.
A discussão acalorada começou quando Pavanato chamou Almeida de “pelego mais rejeitado da história”, após vaias dos mototaxistas presentes. A situação fugiu do controle e precisou ser contida por guardas municipais, que retiraram o sindicalista do plenário.
Mototáxi em debate: interesse público ou embate político?
O serviço de mototáxi, proibido em São Paulo desde 2009, voltou ao centro das discussões políticas. A liberação enfrenta resistência de diferentes setores, especialmente da prefeitura, que aponta questões de segurança viária. Gilberto Almeida criticou duramente as empresas de aplicativos, acusando-as de precarizar o serviço e dividir a categoria.
Ao elogiar o prefeito Ricardo Nunes (MDB) pela postura contra a atuação das plataformas, Almeida reforçou a tensão entre trabalhadores autônomos e grandes empresas de tecnologia, cenário que vem crescendo em diversas cidades do país.
Consequências políticas e policiais do confronto
Após o tumulto, a polícia encaminhou Almeida à delegacia da Liberdade, onde Pavanato registrou o boletim de ocorrência. O episódio revelou as divisões internas entre mototaxistas e pressionou a Câmara a buscar uma solução para o ime.
Especialistas afirmam que o embate escancara a dificuldade de regularizar setores da economia compartilhada, onde aplicativos e sindicatos tradicionais disputam influência e espaço. Para a economia local, o mototáxi representa uma alternativa de mobilidade, mas enfrenta barreiras legais e resistência política que dificultam sua implementação.
Perguntas e respostas
Por questões de segurança, segundo a legislação municipal.
A troca de provocações entre o vereador Pavanato e Gilberto Almeida escalou a situação.
As autoridades vão investigar o caso e podem encaminhar o processo à Justiça.