Uma cena gravada em uma escola de vigilantes em Campo Grande (MS) causou revolta nas redes sociais. No vídeo, um instrutor despeja água no nariz de alunos durante o treinamento, simulando um afogamento. A prática, além de perigosa, expõe falhas graves nos métodos de formação usados em algumas instituições.
Polícia Federal age e pune responsáveis
Logo após a divulgação do vídeo, a Polícia Federal interveio. A corporação afastou o instrutor envolvido e multou a escola, embora não tenha revelado o valor da penalidade. De acordo com a PF, a prática registrada contraria os padrões exigidos nos cursos de formação de vigilantes no Brasil.
Além disso, especialistas classificaram a simulação como uma forma de “waterboarding”, técnica internacionalmente condenada por violar direitos humanos. Dessa forma, o episódio levantou sérias dúvidas sobre a qualificação dos profissionais responsáveis por treinar futuros vigilantes.
Sindicatos reagem com indignação
Enquanto a escola se manteve em silêncio, sindicatos da segurança privada se manifestaram com firmeza. As entidades consideraram o método usado como violento, abusivo e negligente. Por isso, exigiram uma fiscalização mais rigorosa por parte das autoridades competentes.
Por outro lado, os representantes da categoria reforçaram que a formação de vigilantes deve ser rigorosa, mas nunca desumana. Eles alertaram que práticas como essa colocam vidas em risco e prejudicam a credibilidade da profissão.
Métodos extremos não garantem preparo
Dessa forma, o caso reacende um debate importante: até que ponto o treinamento físico justifica o uso de métodos extremos? Segundo especialistas, a formação deve incluir simulações realistas, mas sempre com respeito aos limites físicos e mentais dos alunos.
No entanto, ao ignorar esses limites, instrutores despreparados transformam um curso técnico em um ambiente de tortura psicológica. Por fim, o silêncio da escola envolvida apenas aumenta a pressão por respostas concretas.
Perguntas frequentes
O instrutor despejou água no nariz de alunos, simulando afogamento durante o treino.
A PF afastou o instrutor e multou a escola, embora o valor não tenha sido divulgado.
Eles condenaram o episódio e exigiram mais fiscalização e punições exemplares.