Tragédia em Örebro: massacre em escola da Suécia

Na tarde de terça-feira, 04/02, Örebro, uma cidade localizada a 200 km de Estocolmo, foi palco de um dos eventos mais trágicos da história sueca. Por volta das 12h33 (horário local), disparos foram ouvidos no Campus Risbergska, uma instituição voltada para a educação de adultos. Como resultado, o pânico se espalhou rapidamente; professores, então, correram para proteger seus alunos, trancando-se em salas de aula ou buscando rotas de fuga.

Maria Pegado, uma das professoras presentes, descreveu o caos: “Primeiramente tirei meus 15 alunos da sala e logo depois começamos a correr. Vi pessoas arrastando feridos. Foi horrível” O som dos tiros foi registrado em vídeos compartilhados nas redes sociais, revelando o desespero de quem tentava escapar.

Quem são as vítimas e o atirador?

A polícia confirmou que cerca de 10 pessoas morreram no local, todas encontradas dentro do prédio da escola. O suposto atirador, um homem que atuou sozinho, está entre os mortos. Ele não tinha histórico criminal, não era ligado a gangues e não há indícios de motivação terrorista.

Apesar da tragédia, muitos detalhes ainda são desconhecidos. A identidade das vítimas está sendo verificada, e o tipo de arma utilizada não foi revelado. A escola estava menos movimentada no momento do ataque devido à conclusão de provas nacionais.

Relatos das vítimas

O impacto emocional da tragédia foi intensamente sentido por estudantes e professores presentes no momento do ataque. Marwa, uma estudante da escola Risbergska, relembrou como ela e outros tentaram ajudar uma das vítimas: “Um rapaz ao meu lado foi baleado no ombro. Ele sangrava muito. Quando olhei para trás, vi três pessoas no chão, sangrando.” Marwa e uma amiga improvisaram um curativo com um xale para estancar o sangramento. “Todos estavam em choque”, relatou.

A professora Lena Warenmark também descreveu momentos de tensão. “Ouvi cerca de 10 tiros próximos à minha sala de estudos. Foram alguns disparos rápidos, uma pausa curta e depois mais alguns tiros”, contou. Ela ficou confinada em sua sala por mais de uma hora, temendo pela própria segurança.

Outra estudante, Hellen Werme, relatou o desespero vivido durante o ataque. “Nossa professora gritou para fecharmos as portas e deitarmos no chão. A espera foi terrível”, disse Hellen, destacando que seu maior medo era não conseguir voltar para casa e ver seus filhos novamente.

Por que o caso chocou tanto?

A Suécia tem histórico de violência escolar extremamente raro. O primeiro-ministro Ulf Kristersson classificou o incidente como “o pior tiroteio em massa da história da Suécia”. Enquanto o país lida com o luto, a sociedade questiona, como um ato de tamanha violência pôde acontecer em um ambiente educacional.

Além disso, especialistas em segurança pública destacam a necessidade de revisar protocolos de prevenção em escolas, considerando que eventos dessa magnitude são inesperados em um contexto sueco.

A comoção nacional reflete não apenas a tragédia em si, mas também o impacto emocional profundo que ela causou em uma sociedade acostumada a baixos índices de criminalidade.

Perguntas Frequentes:

O que motivou o atirador?

Ainda não se sabe; a investigação está em andamento.

Havia alguma relação entre o atirador e a escola?

Aparentemente, não. Ele não tinha vínculos conhecidos com a instituição.

Por que o tiroteio ocorreu em um dia de baixa presença de alunos?

Coincidiu com o término de um exame nacional, reduzindo o número de pessoas no campus.

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