Na manhã desta quarta-feira (28), um acidente fatal interrompeu a construção da nova Estação de Tratamento de Água (ETA) em Sinop (MT). Um trabalhador caiu de uma altura de aproximadamente sete metros dentro de um fosso, em um dos setores da obra localizada às margens do Rio Teles Pires. A queda provocou a morte imediata do operário, que usava os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
Testemunhas relataram que o trabalhador limpava a área ao redor do fosso quando escorregou. O Corpo de Bombeiros chegou rapidamente, mas constatou o óbito no local.
“Encontramos a vítima com fraturas na cabeça e na cervical. Não havia mais sinais vitais”, declarou o sargento Evangelista, que liderou o atendimento.
Bombeiros e perícia isolam o local e iniciam investigação
As equipes da Polícia Civil e da Perícia Oficial isolaram o canteiro de obras e iniciaram os procedimentos para apurar a dinâmica do acidente. Os peritos analisam se a obra apresentava falhas nos protocolos de segurança.
A concessionária responsável pela obra, até o momento, não se manifestou publicamente sobre o ocorrido nem informou se prestou assistência à família da vítima.
Segurança no trabalho entra em debate após tragédia
A morte reacendeu o debate sobre a segurança nas obras de infraestrutura no Brasil. Embora o operário utilizasse EPIs, o acidente mostra que equipamentos por si só não bastam. Empresas precisam investir em sinalização, treinamentos periódicos, supervisão constante e engenharia de segurança.
O Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho registrou mais de 600 mil acidentes no país em 2022. Só em Mato Grosso, o Ministério do Trabalho notificou mais de 5 mil casos — com 31 mortes confirmadas.
Perguntas frequentes
Sim. EPIs reduzem riscos, mas não eliminam acidentes fatais em casos extremos, como quedas de grandes alturas.
A fiscalização cabe ao Ministério do Trabalho, por meio da inspeção do trabalho, e aos auditores fiscais.
Quedas acima de 6 metros já apresentam alto risco de morte, especialmente sem proteção contra impacto.