Durante uma tradicional tourada de verão na Bósnia, dois touros romperam as barreiras do ringue e correram em direção à plateia, causando pânico entre milhares de pessoas presentes no evento. Embora ninguém tenha se ferido gravemente, o incidente provocou uma onda de críticas e preocupações sobre a segurança em eventos culturais do tipo. Após vários minutos de tensão, os animais foram finalmente contidos por organizadores e voluntários.
Apesar das regras mais brandas, o risco ainda existe
Ao contrário das touradas sangrentas vistas na Espanha, por exemplo, a versão bósnia do evento é considerada menos violenta. Isso porque os chifres dos touros são previamente serrados e o combate é interrompido sempre que um dos animais recua. No entanto, como ficou evidente, tais medidas não impedem a ocorrência de situações perigosas. Dessa forma, mesmo uma tradição que preza pela segurança dos animais pode falhar em proteger o público.
Além disso, falhas estruturais agravam o problema
De acordo com testemunhas locais, as barreiras utilizadas no evento eram frágeis e não ofereciam resistência suficiente. Como resultado, os touros conseguiram escapar com facilidade. Faltavam, ainda, cercas duplas e rotas de evacuação eficientes, o que aumentou o risco de ferimentos entre os espectadores. Inclusive, vídeos gravados no local mostram a correria e o desespero das pessoas tentando fugir.
Portanto, cresce a pressão por mudanças na tradição
Embora a tourada seja vista por muitos bósnios como um símbolo de identidade cultural e celebração do verão, especialistas em segurança e bem-estar animal argumentam que é necessário revisar protocolos. Segundo eles, tradições podem e devem evoluir com o tempo, especialmente quando há vidas humanas envolvidas. Assim, surgem propostas de fiscalização mais rígida, uso de barreiras reforçadas e até a limitação de público nos eventos.
Perguntas frequentes
Porque a estrutura física muitas vezes não acompanha o crescimento do evento.
Com planejamento técnico, diálogo entre autoridades e organizadores e normas claras.
Em parte, sim sobretudo quando há riscos evidentes para o público e para os animais.