Moradores do bairro Bandeirantes, em Lucas do Rio Verde, encontraram na manhã desta quinta-feira (27) duas tornozeleiras eletrônicas sobre um container de lixo. Os dispositivos, utilizados para monitorar detentos do regime semiaberto, estavam completamente fora de uso, indicando possível violação das regras impostas pela Justiça.
Ao receber o chamado, a Polícia Militar compareceu rapidamente ao local, recolheu os equipamentos e registrou a ocorrência. Os agentes iniciaram uma investigação para descobrir quem usava as tornozeleiras e por que os detentos descartaram os dispositivos em via pública.
Detentos rompem controle judicial com facilidade
Os detentos que utilizam tornozeleiras eletrônicas recebem autorização judicial para circular fora da prisão, mas precisam seguir regras rigorosas. Ao abandonar os dispositivos, eles rompem o contrato com a Justiça, burlam o monitoramento eletrônico e desafiam o sistema penal.
A ação não representa um caso isolado. Diversas cidades brasileiras já registraram episódios semelhantes, revelando falhas no controle do monitoramento remoto. A situação em Cuiabá escancara mais um exemplo da fragilidade desse modelo de vigilância.
Monitoramento falha na resposta imediata
As tornozeleiras eletrônicas emitem sinais em tempo real e alertam a central de monitoramento quando sofrem danos ou perdem conexão. No entanto, a resposta nem sempre acontece com a agilidade necessária. Em muitos casos, o sistema demora a acionar a polícia, e o apenado foge com facilidade.
A Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso informou que mantém o controle dos dispositivos por meio de sua central, mas não explicou se recebeu alerta específico sobre o caso do bairro Bandeirantes.
Perguntas frequentes
Sim. O ato configura violação de medida judicial e pode levar à regressão de pena ou até nova prisão.
Cada tornozeleira tem um código único ligado ao nome do detento no sistema de monitoramento.
Sim. Ela usa GPS e rede móvel para enviar a localização em tempo real ao sistema penitenciário.