O vereador e médico Thiago Bitencourt (PL), de Canarana (642 km de Cuiabá), foi preso no último sábado (31) acusado de crimes graves envolvendo menores de idade. Bitencourt, que cultivava uma imagem pública de homem religioso e conservador, agora enfrenta acusações que chocam a população local.
Em suas redes sociais, o parlamentar frequentemente divulgava mensagens bíblicas e cobrava melhorias para a cidade. Durante sessões na Câmara Municipal, lia trechos das escrituras para reforçar seu posicionamento.
“Louvai ao Senhor todas as nações, louvai todos os povos porque a tua benignidade é grande para conosco e a verdade do Senhor é para sempre”, disse em uma sessão transmitida publicamente.
Denúncia rompe a fachada religiosa
O pai de uma criança de dois anos denunciou os abusos cometidos contra a filha, o que deu início às investigações. A polícia revelou que Thiago mantinha uma adolescente de 15 anos em situação ilegal e cometia crimes contra pelo menos outras seis meninas. Além disso, ele produzia e compartilhava material proibido envolvendo menores.
As investigações indicam que o vereador utilizava sua posição política e o discurso de defensor da moralidade para ganhar a confiança das famílias e se aproximar das vítimas. O caso, considerado um dos mais graves da região nos últimos anos, mobilizou forças policiais de diferentes setores e segue sob segredo de Justiça para proteção das vítimas e das informações coletadas.
Prisão e acusações formais
A Polícia Civil de Mato Grosso cumpriu o mandado de prisão preventiva com base em provas reunidas durante as investigações. Thiago Bitencourt responderá por crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), incluindo exploração de vulneráveis e produção de conteúdo ilícito.
Até o momento, a Câmara Municipal de Canarana não se pronunciou oficialmente sobre o caso, que gerou grande repercussão e indignação na cidade e em todo o estado.
Perguntas e Respostas
vereador e médico de Canarana, conhecido por seu discurso religioso e conservador.
Exploração sexual de menores, manutenção de adolescente em situação ilegal e produção de imagens ilícitas.
O pai de uma criança de dois anos denunciou os abusos, levando à abertura da investigação e à prisão do vereador.