Uma tragédia ambiental aconteceu na manhã desta segunda-feira (6) na rodovia MT-338, em Porto dos Gaúchos, Mato Grosso. Um veículo atropelou uma sucuri-verde (Eunectes murinus) de aproximadamente 5 metros de comprimento, que estava prenhe. O impacto fez a cobra expelir cerca de 40 filhotes, mas nenhum sobreviveu.
Sucuri de 5 metros grávida m0rre e expulsa 40 filhotes na MT-338; veja vídeo
— perrenguematogrosso (@perrenguemt) January 6, 2025
Uma tragédia ambiental aconteceu na manhã desta segunda-feira (6) na rodovia MT-338, em Porto dos Gaúchos, Mato Grosso. pic.twitter.com/oFoWw9qmCK
Pescador registra a cena
O pescador e youtuber Ederson Negri Antonioli gravou o ocorrido e relatou que a cobra ainda apresentava movimentos em algumas partes do corpo. Ele mostrou a sucuri morta no asfalto, cercada pelos filhotes também sem vida.
No entanto, o biólogo Henrique Abrahão Charles apontou que acidentes desse tipo são frequentes no estado. Ele explicou que sucuris buscam o calor das margens das rodovias para regular a temperatura corporal, principalmente após se alimentarem. Isso as torna vulneráveis a atropelamentos.
Detalhes sobre a reprodução da sucuri-verde
Henrique esclareceu que sucuris-verdes são vivíparas, ou seja, desenvolvem os filhotes dentro do corpo. A cobra atropelada carregava filhotes prontos para nascer. Embora a espécie gere muitas crias, apenas cerca de 5% alcançam a idade adulta, pois a maioria vira presa de outros animais ou nasce morta.
Importância ambiental da sucuri-verde
Sucuris-verdes desempenham um papel essencial no controle de populações animais, equilibrando o ecossistema. A perda de um exemplar grávido representa um impacto significativo para a biodiversidade local.
Por fim, o atropelamento da sucuri-verde na MT-338 alerta para a necessidade de proteger a fauna nas rodovias do estado. Medidas preventivas podem reduzir acidentes e garantir a conservação de espécies essenciais, como a sucuri-verde, que contribuem para o equilíbrio ambiental.
Perguntas frequentes
Uma sucuri-verde pode ter até 40 filhotes por gestação.
Elas buscam o calor do asfalto para regular a temperatura corporal.
Cerca de 95% não sobrevivem por virarem presas de outros animais.