O vice-prefeito e secretário de Obras de Cuiabá, José Roberto Stopa (PV), preso em flagrante nesta quinta-feira (26) por descarte irregular de resíduos no Mercado do Porto, já sabia das irregularidades ambientais cometidas, conforme indicado a Polícia Civil . Segundo a Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema), a Stopa acompanhava regularmente o andamento da obra, o que demonstrava seu “pleno conhecimento” das infrações.
A investigação começou após denúncia sobre descarte de entulhos em uma área de preservação permanente próxima ao mercado. No flagrante, os policiais civis identificaram um caminhão despejando resíduos sem licenças ambientais. O informou que realizou o serviço para a Secretaria de Obras, sob supervisão do vice-prefeito. A Perícia Oficial e fiscais da Prefeitura confirmaram as irregularidades e lavraram um auto de infração contra a istração municipal.
Gravidade do Crime e Consequências
Stopa foi autuada em flagrante por crime ambiental, acusada de causar poluição que pode resultar em danos à saúde humana, fauna e flora. Por se tratar de uma infração com pena superior a quatro anos de prisão, não houve arbitragem de noiva. Apesar disso, o juiz Marcos Faleiros da Silva determinou a liberação do vice-prefeito em audiência de custódia, justificando que não havia elementos suficientes para a prisão preventiva. O magistrado, no entanto, ressaltou a gravidade do crime.
A Dema afirmou que Stopa supervisionava a obra e sabia do descarte irregular e das declarações ambientais. Por outro lado, as autoridades identificaram o motorista apenas como executor, sem qualquer poder decisório. Os policiais apreenderam o caminhão utilizado no descarte, e a Polícia Civil investiga o caso para identificar mais responsáveis.
Com essa constatação, a prisão de Stopa reacende o debate sobre a gestão ambiental em Cuiabá e as consequências legais para crimes dessa natureza.
Porque ele supervisionava a obra regularmente e acompanhava os trabalhos, incluindo o descarte de resíduos.
Não, as autoridades identificaram o motorista apenas como executor, sem poder decisório sobre as ações.
O caminhão foi descoberto pelas autoridades para investigação e perícia.