Durante um atendimento de rotina do Samu em Balneário Camboriú (SC), um gesto inesperado mudou completamente o clima de tensão. O socorrista Marlon Licarasa, de 30 anos, decidiu recorrer à música para acalmar um paciente de 66 anos que sofria com dores agudas causadas por uma hérnia. Enquanto a medicação fazia efeito, Marlon improvisou a melodia de Sweet Child O’ Mine, do Guns N’ Roses, no teclado de seu celular. Como resultado, o paciente relaxou, e o momento foi registrado em vídeo. Posteriormente, o próprio Samu de Santa Catarina compartilhou a cena em suas redes sociais, gerando grande repercussão.
De protocolo técnico a cuidado emocional: uma abordagem diferente
Embora o padrão de atendimento de urgência priorize procedimentos médicos, cada vez mais profissionais percebem a importância da humanização no cuidado. Nesse contexto, Marlon demonstrou sensibilidade ao perceber que o paciente precisava de algo além de medicamentos. A escolha da música, além de estratégica, mostrou domínio emocional e empatia. De acordo com especialistas em musicoterapia, sons familiares podem diminuir o nível de estresse, controlar a frequência cardíaca e potencializar o efeito de analgésicos. Portanto, a decisão do socorrista não apenas quebrou o silêncio da dor, como também abriu espaço para um novo tipo de acolhimento.
Reconhecimento e reflexões sobre o futuro dos atendimentos
Logo após a repercussão do vídeo, o Samu de Santa Catarina emitiu nota exaltando a atitude de Marlon. “Um gesto simples pode transformar vidas e acolher em momentos inusitados”, afirmou a instituição. Assim, a atitude do socorrista reacende uma discussão importante: como incluir práticas mais humanas e personalizadas nos treinamentos dos serviços de emergência? Afinal, a medicina moderna caminha, cada vez mais, para além da técnica, incorporando elementos emocionais no cuidado com o paciente. Casos como esse reforçam a necessidade de preparar profissionais que saibam agir com eficiência e, ao mesmo tempo, com empatia.
Perguntas frequentes
A música ativa áreas do cérebro ligadas à memória afetiva e ao relaxamento.
Por meio de treinamentos que integrem aspectos técnicos e emocionais.
Sim. Pintura, leitura e até o humor, quando usados com sensibilidade, têm efeito terapêutico.