O biólogo Gustavo Figueirôa, diretor do Instituto SOS Pantanal, publicou nas redes sociais um vídeo que rapidamente viralizou. A cena mostra um socó-boi, ave nativa da região, empoleirado sobre a caminhonete do pesquisador, como se “tomasse conta” do veículo. Figueirôa registrou o momento com a legenda: “Aqui no Pantanal as coisas são diferentes. Esse jovem de socó-boi que o diga.”
A ave não demonstrou medo. Pelo contrário. Observou a paisagem com tranquilidade, ignorando completamente a presença humana. Internautas logo batizaram o comportamento inusitado: o “flanelinha pantaneiro”.
Internautas se encantam com o “vigia” alado
Milhares de pessoas assistiram ao vídeo e reagiram com humor e iração. Comentários como “Só no Pantanal mesmo para ver um ‘flanelinha’ desses!” e “O flanelinha mais lindo!” invadiram a postagem. Outro internauta resumiu o sentimento coletivo: “O socó-boi é o rei do Pantanal!”.
A cena reforça o vínculo único entre humanos e animais no bioma. A espontaneidade do momento, além de divertir, lança luz sobre a rotina de quem vive e trabalha no coração da maior planície alagável do planeta.
Conheça o socó-boi: o guardião improvável
O socó-boi (Tigrisoma lineatum) habita áreas alagadas da América do Sul e figura entre as aves mais reservadas do Pantanal. Ele caça discretamente ao entardecer, capturando peixes com precisão. Normalmente, mantém distância dos humanos, o que torna o episódio ainda mais especial.
Especialistas afirmam que o contato constante com o ecoturismo e a presença humana em áreas naturais pode explicar esse tipo de aproximação. Ainda assim, a cena surpreende por mostrar a ave assumindo uma postura quase simbólica: a de guardião da natureza.
Perguntas frequentes
É uma ave pantaneira de hábitos discretos, conhecida por caçar peixes em áreas alagadas e se camuflar na vegetação.
A ave provavelmente se sentiu segura e usou o carro como ponto de observação do ambiente ao redor.
Não, mas o comportamento curioso fez parecer que ele “montava guarda”, o que rendeu o apelido de “flanelinha pantaneiro”.