Nesta quarta-feira (9/10), os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) realizaram um novo protesto em frente ao Palácio do Planalto. Durante a manifestação, eles se vestiram como caixões e encenaram um funeral simbólico do INSS, além de carregar um balão inflável que representava a “certidão de óbito” do instituto. Dessa forma, os manifestantes circularam pela Esplanada dos Ministérios, tentando mais uma vez chamar atenção para suas reivindicações.
Servidores exigem melhores condições de trabalho
Entre as principais reivindicações dos grevistas, estão melhores condições de trabalho, valorização da carreira e o fim da contratação de terceirizados. Conforme afirmam os servidores, a terceirização tem enfraquecido o serviço público e desvalorizado os profissionais concursados. Além disso, os manifestantes denunciam que a presidência do INSS estaria aplicando faltas injustificadas aos trabalhadores que aderiram à paralisação, o que, por sua vez, tem intensificado ainda mais o clima de insatisfação.
Acordo não encerrou a greve
Embora a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef/Fenadsef) tenha firmado um acordo com o Ministério da Gestão e Inovação (MGI) pelo fim da greve, os trabalhadores do INSS optaram por manter a paralisação. Segundo eles, as propostas apresentadas até agora pelo governo não atendem às suas necessidades mínimas. Assim, os servidores enfrentam uma realidade de sobrecarga de trabalho e salários defasados, o que reforça a decisão de prolongar a greve.
Impacto da greve na população
Como consequência da greve prolongada, a população tem sido a principal prejudicada. Muitos cidadãos enfrentam atrasos nos atendimentos e na análise de benefícios previdenciários, como aposentadorias e pensões. Além disso, o INSS, que já sofre com a falta de pessoal e o aumento da demanda, vê a situação se agravar ainda mais com a paralisação.
Até o momento, o governo federal ainda não se pronunciou oficialmente sobre as recentes manifestações. No entanto, com a greve já ando de 90 dias, muitos esperam que as negociações avancem em breve, a fim de evitar mais prejuízos à população que depende dos serviços do INSS.