O Pantanal, uma das maiores planícies alagadas do mundo, enfrenta uma seca devastadora, considerada uma das piores dos últimos 100 anos. Desde o início de 2023, mais de 2,3 milhões de hectares já foram consumidos por incêndios, o equivalente a quase 16% do bioma – uma área maior que o estado de Sergipe. De acordo com o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (LASA), da UFRJ, as queimadas, combinadas com a crise climática, têm gerado consequências desastrosas para a fauna e flora da região.
Animais sofrem com a falta de água e alimentos
Os animais do Pantanal estão entre os mais afetados. Muitos deles, em busca desesperada por água, acabam atolados em áreas de lama seca e não conseguem escapar. Devido à falta de água e à vegetação ressecada, vários animais morrem de desidratação e desnutrição, pois não conseguem encontrar alimento suficiente. Especialistas apontam que o cenário é crítico e se agrava a cada dia, colocando em risco a biodiversidade local.
Investigação de incêndios criminosos
Além das condições climáticas extremas, as autoridades também investigam a ação de incêndios criminosos. Muitos fazendeiros ainda utilizam o fogo para renovar pastagens, o que piora a situação. O Pantanal já perdeu cerca de 60% de sua cobertura vegetal para as chamas nos últimos 38 anos. Isso torna o bioma o mais castigado pelas queimadas no Brasil. As autoridades buscam punir os responsáveis por esses crimes ambientais, que aceleram a destruição da região.
Mudanças climáticas e impacto no Pantanal
Estudos do Mapbiomas indicam que a área alagada do Pantanal diminuiu drasticamente. Em 2023, essa área ficou 61% abaixo da média histórica. O clima, mais quente e seco, transforma o Pantanal em uma região cada vez mais vulnerável a incêndios e à degradação. A combinação de seca severa e falta de água tem consequências devastadoras para o ecossistema local.
Necessidade de ações urgentes
Diante da gravidade da situação, especialistas e ambientalistas alertam para a urgência de ações efetivas. É crucial que sejam adotadas medidas de preservação e combate aos incêndios, além de iniciativas que ajudem a mitigar os efeitos das mudanças climáticas. O Pantanal, um dos biomas mais ricos do planeta, precisa de proteção para garantir a sobrevivência de sua fauna e flora.
