Satanista em pé de guerra com prefeito dizem ter apoio de Lúcifer. Veja vídeo:

Satanista em pé de guerra com prefeito dizem ter apoio de Lúcifer

A cidade de Gravataí, no Rio Grande do Sul, se tornou palco de uma batalha judicial envolvendo a seita satanista Nova Ordem de Lúcifer na Terra (NOLT) e a prefeitura local. A ordem tenta há algum tempo inaugurar um santuário dedicado ao culto de Lúcifer, mas enfrenta forte oposição por parte do governo municipal, que conseguiu uma liminar para suspender a abertura do espaço religioso. O embate entre as duas partes tem gerado debates intensos sobre liberdade religiosa e os limites da tolerância.

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A polêmica inauguração do Santuário

A Nova Ordem de Lúcifer na Terra, liderada por Tata Hélio De Astaroth e Mestre Lukas, buscava formalizar a abertura de um santuário em uma propriedade privada, onde foi erguida uma estátua de Lúcifer com cinco metros de altura. Segundo os líderes da NOLT, o espaço seria dedicado à prática de sua crença e culto à figura de Lúcifer, algo que, segundo eles, faz parte de sua liberdade religiosa.

A tentativa de inauguração, no entanto, foi suspensa após uma decisão da 4ª Vara Cível Especializada em Fazenda Pública da Comarca de Gravataí, que atendeu ao pedido da prefeitura da cidade. De acordo com as autoridades municipais, a ação visa impedir a peregrinação de adoradores no local, visto que o governo se posiciona contra a atividade, alegando questões de ordem pública e possíveis distúrbios que o espaço poderia gerar.

Líderes da NOLT Reagem

Diante da proibição, Tata Hélio De Astaroth e Mestre Lukas não hesitaram em reagir. Em um vídeo publicado nas redes sociais da NOLT, que já conta com quase 10 mil seguidores, os líderes da seita manifestaram sua indignação com o que consideram ser um caso de intolerância religiosa. “Fomos impedidos de inaugurar por intolerância religiosa”, afirmam. Eles também garantem que continuarão a lutar para inaugurar o santuário e ressaltam que a decisão judicial viola o direito constitucional de liberdade de culto.

“Senhor Lúcifer está com a gente e vamos para esse embate”, declararam os líderes no vídeo, evidenciando a firme intenção de seguir adiante com a inauguração do espaço, apesar das barreiras legais impostas pela prefeitura.

A disputa judicial

A prefeitura de Gravataí, por sua vez, mantém sua postura firme de impedir a inauguração do santuário. As autoridades locais argumentam que a presença de um espaço religioso dedicado ao culto de Lúcifer poderia causar instabilidade e possíveis conflitos sociais na região. O que justificaria a medida de proibição. A prefeitura obteve uma liminar que impede temporariamente a realização de qualquer atividade religiosa ou eventos no local, até que a justiça analise a questão mais profundamente.

A NOLT, entretanto, tem buscado reverter essa decisão e obter o alvará necessário para realizar seus cultos e cerimônias. Para os membros da seita, a proibição representa um ataque à sua liberdade religiosa. E eles acreditam que estão sendo discriminados com base em preconceitos religiosos.

O papel de mestre Lukas na NOLT

Mestre Lukas, cujo nome verdadeiro é Lucas Martins, é uma figura central na Nova Ordem de Lúcifer na Terra. Além de sua liderança na seita, ele também gerencia uma produtora de eventos e duas casas noturnas em Gravataí. Dentro da NOLT, Lukas adota o nome simbólico “Mestre Lukas de Bará da Rua”, refletindo a entidade espiritual com a qual ele afirma trabalhar. De acordo com ele, é comum na tradição religiosa adotar nomes que representem uma ligação com o mundo espiritual.

Liberdade religiosa ou intolerância?

A disputa em Gravataí levanta questões mais amplas sobre a liberdade religiosa no Brasil. Embora a Constituição garanta a liberdade de culto, a tentativa de inauguração do santuário de Lúcifer provocou reações polarizadas. Enquanto alguns defendem o direito da NOLT de praticar sua religião. Outros acreditam que a presença de um espaço dedicado ao satanismo pode gerar conflitos e ameaçar a paz social.

A situação segue em aberto, com a NOLT buscando reverter a decisão judicial e a prefeitura empenhada em manter a proibição. A discussão, no entanto. Vai além da legalidade do alvará e coloca em pauta o delicado equilíbrio entre o direito à liberdade religiosa e as preocupações da comunidade local.

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