Em um cenário improvável, Mateus Reis conseguiu realizar uma façanha que poucos ousariam tentar. Ele pegou o Santana Quantum 1989 do pai e, por meio de muito estudo e adaptação, transformou o carro antigo em um modelo autônomo. Ou seja, agora o veículo se movimenta sozinho, com o auxílio de sensores, câmeras e comandos de voz integrados ao Google Assistant. Além disso, o carro pode ser ligado diretamente pelo celular, sem necessidade da chave original. A frase que viralizou “Google, me leve embora” resume bem o nível de automação que Mateus alcançou.
Garagem vira laboratório e viraliza nas redes sociais
Por outro lado, o que começou como um experimento doméstico rapidamente ganhou repercussão nacional. O vídeo publicado por Mateus já ultraou 2 milhões de visualizações nas redes. Isso porque a ideia une nostalgia e tecnologia em um momento em que o país busca soluções criativas e sustentáveis. Ao utilizar peças de baixo custo e software livre, o jovem mostrou que inovação não depende, necessariamente, de grandes investimentos. Pelo contrário, a garagem se revelou um ambiente fértil para a experimentação tecnológica.
Especialistas alertam para riscos, mas reconhecem o potencial
No entanto, nem tudo são elogios. Especialistas em mobilidade e engenharia veicular alertam para os riscos de veículos autônomos feitos de forma artesanal. De acordo com Ricardo Xavier, engenheiro da Universidade Federal de Santa Catarina, esse tipo de projeto precisa seguir normas rigorosas de segurança para circular legalmente. Ainda assim, ele reconhece que iniciativas como essa podem inspirar mudanças na forma como o Brasil encara o desenvolvimento tecnológico. Afinal, quando a criatividade encontra oportunidade, surgem soluções que desafiam até gigantes como a Tesla.
Perguntas frequentes
A indústria observa com atenção, mas ainda não reage.
Sim, mas só com regulamentação e testes oficiais.
Falta apoio financeiro, políticas públicas e valorização da inovação local.
