Um furto cinematográfico digno de roteiro policial chocou a cidade de Sorriso (MT) e ganhou novos desdobramentos nesta semana. A Polícia Civil de Mato Grosso prendeu, em São Paulo, 10 integrantes de um grupo criminoso que furtou R$ 300 mil de um caixa eletrônico instalado dentro da Prefeitura de Sorriso, em agosto de 2024. A corporação batizou a ação de Operação Chave Mestra.
Roubo silencioso: ação durou 2 minutos e sem sinais de arrombamento
Imagens obtidas pela polícia revelam que os suspeitos acompanharam de perto o transporte dos caixas eletrônicos. Um vídeo mostra os criminosos dentro de um caminhão-baú, onde sabotararam o equipamento ainda durante o trajeto. Mais tarde, já disfarçados, voltaram ao local. Laio Alves Ribeiro, vestido como técnico de manutenção, aparece ao lado de um cúmplice com colete à prova de balas fingindo ser segurança. Em apenas 16 segundos, a dupla abriu o caixa, retirou as gavetas com dinheiro e deixou o prédio com bolsas cheias de notas. O furto só foi notado no dia seguinte, já que não havia sinais de arrombamento.
Após o crime, o grupo se hospedou em um hotel e chegou a ostentar o dinheiro em fotos com as cédulas espalhadas sobre a cama.
Informações privilegiadas vieram de dentro da segurança
Entre os presos está Joelton Caitano dos Santos, dono da empresa Banktec, responsável pela segurança dos caixas eletrônicos. Segundo a polícia, ele reava informações confidenciais para facilitar a ação dos criminosos. Um áudio interceptado pela investigação revelou que Joelton exigia uma parte “igualitária” do valor furtado, sob ameaça de causar divisão dentro do grupo.
O delegado Sued Dias explicou que o esquema se repetiu em cidades de São Paulo e Minas Gerais, com os criminosos violando os terminais durante o transporte e retornando aos locais depois para concluir o furto. Em Sorriso, câmeras flagraram os suspeitos comprando ferramentas um dia antes do crime. Os criminosos realizaram cerca de 40 depósitos bancários com o dinheiro furtado, em agências de Sinop (MT), após o roubo.
Grupo responderá por furto qualificado, lavagem de dinheiro e organização criminosa, segundo o delegado. As ordens judiciais foram expedidas pelo juiz Anderson Clayton Dias Batista, da 5ª Vara Criminal de Sinop.
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Perguntas frequentes
Eles sabotaram o equipamento durante o transporte, facilitando a abertura posterior com o interno.
Ele comanda a empresa de segurança responsável pelos caixas e reou informações sigilosas ao grupo, motivo pelo qual a polícia o prendeu.
Não. Segundo a polícia, o mesmo esquema foi utilizado em cidades de São Paulo e Minas Gerais.