Um adolescente de 17 anos, identificado como Nikita Casap, chocou os Estados Unidos ao confessar que assassinou a mãe e o padrasto com o objetivo de financiar um plano ainda mais extremo: matar o ex-presidente Donald Trump. O caso, revelado pelas autoridades americanas, envolve ideologia neonazista, radicalização digital e uso de tecnologias como drones armados.
Primeiro os pais, depois o plano de atentado
De acordo com o FBI, Casap matou os pais em casa, roubou armas, joias e cerca de US$ 14 mil em espécie. Em seguida, ele fugiu levando também o carro da família. O adolescente revelou em mensagens que usaria o dinheiro para adquirir explosivos e drones, que seriam empregados em um ataque contra Trump durante um evento político. Além disso, ele planejava fugir para a Ucrânia após executar o atentado.
Nesse contexto, as autoridades conseguiram interceptar conversas nas quais Casap afirmava que o assassinato do ex-presidente representaria uma forma de “purificação racial”, conceito típico de grupos neonazistas. A investigação evoluiu rapidamente devido à gravidade da ameaça.
FBI descobre conexões com ideologia neonazista
Durante a perícia, os agentes localizaram no celular de Casap arquivos com fotos de Hitler, instruções para fabricar bombas caseiras e documentos da seita “Ordem dos Nove Ângulos”. Este grupo, considerado extremamente perigoso, promove ideias antidemocráticas e incentiva a violência política.
Como resultado, os promotores federais trataram o caso como uma tentativa de terrorismo doméstico. A atuação rápida do FBI evitou que o plano fosse executado, embora a escalada de violência interna continue a preocupar especialistas em segurança nacional.
Radicalização silenciosa começa nos meios digitais
O caso também reacendeu o alerta sobre a forma como adolescentes, muitas vezes isolados socialmente, encontram refúgio em grupos extremistas online. Plataformas como Telegram, fóruns obscuros e redes não moderadas têm facilitado o o a conteúdos perigosos, que estimulam ódio, racismo e violência.
Portanto, psicólogos e analistas reforçam a importância do diálogo em casa e da identificação precoce de comportamentos radicais. O julgamento de Casap ocorrerá em 7 de maio, e ele responderá por duplo homicídio, conspiração para assassinato e uso de armas de destruição em massa.
Perguntas frequentes
Porque ele oferece uma falsa sensação de propósito e pertencimento a quem vive conflitos pessoais ou sociais.
Atenção redobrada ao isolamento, mudanças bruscas de comportamento e consumo de conteúdo violento.
Sim, pois o uso de novas tecnologias e a idade dos envolvidos exigem atualizações urgentes nas políticas de prevenção.