Em meio à tensão global, as duas maiores economias do mundo anunciaram uma trégua temporária. A medida, no entanto, levanta dúvidas sobre sua durabilidade e impacto real.
Após anos de atritos, EUA e China recuam
Depois de uma escalada agressiva de tarifas, os Estados Unidos e a China decidiram, enfim, reduzir as tensões. Durante uma reunião realizada em Genebra, representantes de ambos os países anunciaram cortes expressivos nas tarifas de importação. Enquanto os EUA baixaram seus impostos de 145% para 30% sobre produtos chineses, a China reduziu os seus de 125% para 10%. Essa trégua, contudo, valerá apenas por 90 dias. Nesse intervalo, os dois lados pretendem manter um canal aberto de diálogo para avançar em um possível acordo permanente.
Pressões internas aceleram o acordo
Por um lado, os Estados Unidos enfrentaram fortes críticas de seus próprios setores produtivos. Agricultores, empresários e industriais pressionaram o governo, temendo prejuízos irreversíveis. Por outro lado, a China ou a lidar com uma desaceleração econômica que pressionou seu governo a agir rapidamente. De acordo com o economista Romilson Aiache, tanto os EUA quanto a China buscaram uma saída para evitar danos maiores. Além disso, o receio de um colapso nos mercados financeiros ajudou a acelerar o consenso.
Impacto global ainda depende da estabilidade
Embora a decisão tenha aliviado momentaneamente a tensão comercial, o cenário permanece instável. Países como o Brasil, que mantêm relações com as duas potências, podem se beneficiar da reabertura parcial dos mercados. No entanto, isso dependerá diretamente da continuidade das negociações. Caso a trégua não se transforme em um acordo duradouro, os riscos de uma nova escalada tarifária continuarão no horizonte. Assim, os mercados permanecem atentos a cada movimento.
Perguntas frequentes
Testar o avanço de negociações antes de medidas definitivas.
Agronegócio e exportação de commodities são os mais favorecidos.
Sim. Conflitos comerciais afetam cadeias globais e preços internos.
