“Quem lucra com o roubo aos aposentados?”: Renato Freitas denuncia esquema bilionário e cobra responsabilização; Veja vídeo

O deputado federal Renato Freitas (PT-PR) se manifestou com indignação diante do escândalo que atingiu mais de 4 milhões de aposentados no Brasil. Segundo ele, o caso representa uma das maiores vergonhas da máquina pública brasileira, e a apuração precisa ir até o fim, independentemente de quem esteja envolvido — seja no governo atual, no anterior ou nos bastidores da alta burocracia.

É o povo que trabalha a vida inteira que está sendo saqueado

Renato Freitas destacou que as vítimas desse esquema são justamente aqueles que dedicaram décadas de suas vidas ao país: os aposentados. “Roubar aposentado é roubar a história do Brasil. É o cúmulo da covardia. Estão tirando do prato de quem depende desse dinheiro pra sobreviver”, declarou.

A denúncia é de que associações fantasmas cobravam, há anos, mensalidades indevidas diretamente da folha de pagamento do INSS, sem autorização dos beneficiários. O rombo, já estimado em R$ 6,3 bilhões, envolve operadores financeiros, dirigentes públicos e entidades de fachada.

A omissão foi criminosa, quem sabia e deixou continuar tem que pagar

Renato questionou a atuação do governo federal, incluindo o ex-ministro Carlos Lupi, demitido após vir à tona que a CGU já havia recomendado, em 2023, a suspensão dos convênios com essas entidades. Mesmo assim, os descontos continuaram até janeiro de 2024.

“O silêncio da máquina é cúmplice. Se a CGU já sabia, por que continuaram os descontos? Quem se beneficiou dessa demora? Onde estavam os gestores públicos quando isso aconteceu?”, questionou o deputado em plenário.

Foi uma aposentada que denunciou

Renato fez questão de lembrar que foi uma aposentada de Feira de Santana (BA) quem teve coragem de denunciar os descontos e exigir a investigação do Ministério Público Federal. “Enquanto Brasília fazia vista grossa, foi uma senhora lá da Bahia que gritou mais alto. E agora a gente tá vendo o tamanho do monstro que estava escondido.

Para ele, a apuração precisa ser firme, com prisões, bloqueios de bens e responsabilização dos verdadeiros mandantes do esquema, não apenas de operadores de base.

Perguntas e respostas

Quem começou esse esquema de descontos?

Segundo as investigações, ele começou em 2016, ainda no governo Temer, e se manteve nos anos seguintes.

Quem denunciou o caso pela primeira vez?

Uma aposentada da Bahia, que percebeu o desconto e exigiu investigação.

A apuração vai parar nos seis presos?

Renato Freitas afirma que não. A investigação está só começando e deve atingir mais servidores e operadores.

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