Promotora de Justiça acusa advogados de tumulto em Barra do Garças; veja vídeo

Audiência em Barra do Garças termina em confronto entre promotora e advogados

No último dia 30 de outubro, uma audiência em Barra do Garças, Mato Grosso, acabou em confronto entre a promotora de Justiça Clarissa Cubis de Lima Canan e os advogados Jefferson Adriano Ribeiro Junior e Letícia David Moura. A promotora acusou os advogados de “seguirem o código da bandidagem”. Logo após, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Goiás formalizou uma reclamação contra a promotora no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), alegando falta de respeito e ética.

Acusações geram tensão e indignação na defesa

Em um vídeo, Clarissa Cubis aparece acusando diretamente o advogado Jefferson Adriano. Ela disse: “O senhor segue o código da bandidagem. É isso que o senhor segue.” Em resposta, o advogado protestou, dizendo que a acusação era absurda. Ele enfatizou que a promotora sequer o conhecia para fazer tal afirmação. A advogada Letícia David Moura, que acompanhava Jefferson, pediu ao juiz que registrasse o ataque em ata. Segundo Letícia, a fala da promotora ofendia a defesa de maneira grave.

A OAB-GO, por meio de sua Comissão de Direitos e Prerrogativas (CDP), agiu rapidamente e formalizou uma queixa disciplinar contra a promotora no CNMP. A instituição argumentou que a fala da promotora Clarissa não apenas desrespeitou os advogados, mas também violou a ética e o direito à defesa. Assim, a OAB destacou que a postura da promotora cria um ambiente hostil e inadequado. Dessa forma, o caso levantou novas discussões sobre a importância do respeito no sistema de Justiça.

Promotora acusa advogados de tumultuar a audiência

Durante a discussão, a promotora também acusou os advogados de “tumultuar” o julgamento. No entanto, Letícia David afirmou que a promotora havia iniciado as atitudes hostis. Em outro momento, Clarissa Cubis reafirmou sua autoridade na audiência ao declarar: “Ninguém vai fazer maracutaia aqui na minha frente”. Além disso, ela se referiu aos advogados como oriundos de Goiânia e afirmou que “aqui tem ordem”. Essa postura ressaltou o tom de hostilidade entre as partes.

Diante do ocorrido, a OAB-GO reafirmou seu compromisso com a defesa das prerrogativas dos advogados. A entidade garantiu que tomará todas as medidas contra atitudes que restrinjam o exercício da advocacia. Agora, o CNMP deve analisar a reclamação e decidir se aplicará sanções disciplinares à promotora.

O caso em Barra do Garças reforça o debate sobre a necessidade de respeito nas relações entre promotores e advogados. As audiências exigem que todos os participantes mantenham a ética e garantam um ambiente imparcial, onde a Justiça possa prevalecer com serenidade e equilíbrio.

Veja também
Recentes