Projeto de lei propõe proibir atendimento médico a bonecas reborn pelo SUS em Cuiabá; Veja vídeo

O vereador Rafael Ranalli (PL) propôs um projeto de lei na Câmara Municipal de Cuiabá para proibir o atendimento médico-hospitalar a bonecas “bebê reborn” em unidades públicas de saúde da capital. O parlamentar justifica que a medida visa assegurar que os serviços do SUS atendam apenas seres humanos.

Colecionadores e influenciadores digitais usam as bonecas reborn, que imitam recém-nascidos de forma hiper-realista, em simulações de maternidade. Algumas dessas encenações chegam a hospitais públicos, levantando discussões sobre os limites entre performances na internet e o uso de serviços essenciais de saúde.

Uso indevido ou expressão artística?

Embora não haja registros oficiais de atendimentos formais a bonecas reborn no SUS, casos pontuais divulgados nas redes sociais chamaram atenção do público. Vídeos que mostram pessoas levando essas bonecas para consultas fictícias geraram polêmica e levantaram questionamentos sobre a eventual sobrecarga ou distração no atendimento de unidades de saúde já pressionadas por demandas reais.

Para o vereador, o projeto visa prevenir qualquer utilização indevida do tempo de profissionais da saúde e do espaço hospitalar público.

Reações divididas e debate ampliado

A proposta gerou reações distintas entre os moradores de Cuiabá e usuários das redes sociais. Para alguns, a medida é necessária para proteger os recursos do SUS. Para outros, o projeto pode ser interpretado como desnecessário ou como forma de ganho de visibilidade política. Especialistas em direito público alertam que, apesar do ineditismo da proposta, o texto precisa estabelecer critérios objetivos para evitar interpretações ambíguas.

Além do aspecto legal, a discussão reacende o debate sobre o uso de recursos públicos em tempos de aumento nos custos da saúde e desafios de gestão na atenção primária.

Perguntas e respostas sobre o projeto

O SUS já atendeu bonecas reborn em Cuiabá?

Não há registros formais, mas sim casos simulados em redes sociais.

Esse projeto pode gerar economia para os cofres públicos?

Possivelmente, ao evitar desvio de foco e recursos em unidades de saúde.

A lei tem chances de ser aprovada?

Dependerá da avaliação jurídica e do apoio dos demais vereadores.

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