Na noite de quinta-feira (5), um princípio de motim na Penitenciária Central do Estado (PCE) resultou em três detentos feridos, gerando grande tensão e preocupação. A revolta dos internos foi desencadeada pela falta de luz e água nas celas, o que levou à intervenção imediata das forças de segurança. Este incidente ocorreu no contexto da intensificação das ações contra o crime organizado em Mato Grosso, especialmente com a Operação Tolerância Zero em andamento, que visa aumentar o controle nas unidades prisionais do estado.
Princípio de motim na PCE termina com três detentos feridos pic.twitter.com/O2YSCVGNji
— perrenguematogrosso (@perrenguemt) December 6, 2024
Motivo do motim: Condições precárias nas velas
O motim começou quando os detentos do raio 7 da PCE se revoltaram pela falta de energia elétrica e água nas celas, agravada pela manutenção elétrica. Na tarde de quinta-feira, enquanto a Sesp realizava buscas em outros setores, os presos bateram nas grades e gritaram por socorro, exigindo a restauração imediata dos serviços essenciais. Esse descontentamento se transformou rapidamente em uma manifestação mais agressiva, gerando um clima de tensão e culminando no princípio de motim.
Uso de força progressiva para controlar a situação
Diante da escalada da tensão, a Sesp tentou negociar com os detentos, mas sem sucesso. As autoridades então usaram força progressiva, incluindo granadas de efeito moral e munições não letais, para dispersar os internos e restabelecer a ordem. Três detentos ficaram feridos nas pernas e precisaram de atendimento médico. A intervenção rápida das forças de segurança controlou o motim, evitando ferimentos graves e danos à estrutura da penitenciária.
Reforço nas ações de segurança prisional
O motim ocorreu enquanto a Operação Tolerância Zero estava sendo intensificada em Mato Grosso. Lançada pelo governo estadual, a operação combate facções criminosas nas prisões, reforçando a fiscalização para impedir a entrada de itens proibidos, como celulares, drogas e armas. Além disso, busca reduzir a influência das facções sobre os internos e melhorar a eficiência do sistema penitenciário. A PCE e outras unidades receberam atenção especial, com reforço na segurança, troca de equipes de direção e novas estratégias de controle para diminuir a violência.
Necessidade de reformas estruturais no sistema prisional
O motim na Penitenciária Central de Mato Grosso destacou as condições precárias nas unidades prisionais, como a falta de serviços essenciais, que geraram insatisfação entre os detentos e resultaram em violência. A resposta rápida das autoridades evitou uma tragédia maior, mas o incidente reforça a necessidade urgente de reformas, especialmente na infraestrutura das prisões. A Operação Tolerância Zero reflete o esforço do governo para combater o crime organizado, embora os resultados ainda precisem ser avaliados.
