Presidente Lula permanece no cargo após cirurgia de emergência

Mesmo internado após uma cirurgia de emergência, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não ará o exercício do cargo ao vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). A decisão foi comunicada pela assessoria do Planalto na tarde desta terça-feira (10).

O presidente foi submetido a uma craniotomia para a drenagem de um hematoma intracraniano no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista. Segundo os médicos, o procedimento transcorreu sem intercorrências e Lula apresenta quadro clínico estável. Ele está consciente e permanecerá em observação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por 48 horas, com previsão de alta na próxima semana.

O cardiologista Roberto Kalil Filho, que acompanha o presidente, afirmou em coletiva de imprensa que todas as funções neurológicas estão preservadas e não apresentam indicação de sequelas. “O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está bem, estável, acordado e conversando”, declarou o médico.

Apesar de permanecer internado, Lula continuará no exercício da Presidência. A assessoria informou que não haverá a instalação de um gabinete presencial no hospital, mas que o presidente está apto a tomar decisões remotamente, conforme necessário.

Decisão de manter o cargo gera debates

Consideraram a decisão de não transferir o comando do Executivo ao vice-presidente Geraldo Alckmin como estando dentro das normas constitucionais, embora seja incomum em situações. Analistas ponderam que a decisão evita possíveis especulações sobre a continuidade do governo e sinaliza controle das operações istrativas.

Lula enfrenta a internação em meio a uma agenda política movimentada, incluindo negociações orçamentárias e temas sensíveis em discussão no Congresso Nacional. A continuidade de suas funções executivas, ainda que de forma limitada, demonstra que o governo pretende minimizar impactos istrativos.

Recuperação sob supervisão médica

Os próximos dias serão cruciais para acompanhar a evolução clínica do presidente. A necessidade de controlar o hematoma antes que cause complicações mais graves, motivou a decisão de submetê-lo a uma cirurgia. Consideraram o procedimento eficaz, e a observação na UTI visa garantir a ausência de complicações.

De acordo com a equipe médica, a previsão é de que Lula retome suas atividades regulares de forma plena dentro de algumas semanas, caso o período de recuperação ocorra conforme o esperado.

Repercussão nacional e internacional

A internação de Lula mobilizou autoridades e lideranças nacionais e internacionais, que manifestaram apoio ao presidente. Em nota, Geraldo Alckmin afirmou estar “à disposição para colaborar com o governo durante a ausência temporária do presidente”, embora a transferência do cargo não tenha sido formalizada.

Veja também
Recentes