O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini, fez um alerta público nas redes sociais nesta sexta-feira (24), pedindo que a população utilize com responsabilidade as unidades de saúde da capital. Segundo o gestor, o aumento de casos de pessoas que procuram UPAs e policlínicas apenas para obter atestados médicos tem prejudicado o atendimento de quem realmente necessita de cuidados emergenciais.
A declaração reacende o debate sobre o uso consciente dos serviços públicos de saúde e expõe um dos desafios enfrentados pelo sistema municipal: o uso indevido de recursos já limitados, que agrava a superlotação e compromete a eficiência das unidades.
Cresce a procura por atestados e cai a eficiência no atendimento
De acordo com a prefeitura, casos de pessoas que procuram as unidades apenas para justificar ausências no trabalho ou compromissos têm se tornado recorrentes. A prática, embora não seja ilegal, desvia profissionais de demandas prioritárias, como urgências clínicas, acidentes e agravos de doenças infecciosas.
Com filas cada vez maiores nas unidades de pronto atendimento, pacientes com sintomas mais graves acabam enfrentando tempo de espera prolongado. O fluxo desregulado também impacta o moral das equipes de saúde, que operam sob pressão constante.
Saúde pública e responsabilidade coletiva
O prefeito Abílio Brunini destacou que o município vem trabalhando para melhorar a estrutura da saúde em Cuiabá, mas reforçou que o bom funcionamento do sistema depende da colaboração de todos. Ele defende o uso criterioso das UPAs e policlínicas, reservando os atendimentos para casos realmente urgentes.
Autoridades da Secretaria Municipal de Saúde orientam que situações como pedidos de atestados por razões istrativas devem ser encaminhadas preferencialmente à atenção básica, nas unidades de saúde da família (USFs), com agendamento prévio e sem sobrecarregar a rede de urgência e emergência.
Caminhos para a organização do sistema
Especialistas apontam que a solução a por investimentos em tecnologia de regulação, campanhas educativas e ampliação do o à atenção primária. Também é necessário reforçar o diálogo com empresas e empregadores, para que entendam a importância de não estimular a procura por atestados sem necessidade clínica real.
Enquanto isso, a prefeitura deve intensificar a fiscalização e estabelecer critérios mais rígidos para a emissão de documentos em contextos não emergenciais.
Perguntas e respostas
Evite. O ideal é buscar a unidade básica de saúde com agendamento.
Você atrasa o atendimento de quem realmente está ando mal.
Sim. A gestão estuda medidas para organizar e fiscalizar o uso do serviço.