A Operação Rustius, deflagrada nesta terça-feira (20) pela Polícia Federal, colocou o prefeito de Sorriso (MT), Alei Fernandes (União Brasil), no centro de uma nova polêmica política. A investigação apura suspeitas de Caixa 2 e uso irregular de recursos em sua campanha eleitoral de 2022.

De acordo com a PF, o prefeito teria se utilizado de uma empresa como fachada para esconder gastos de campanha e viabilizar empréstimos não declarados à Justiça Eleitoral. Os investigadores cumpriram mandados de busca e apreensão e seguem analisando documentos e dados financeiros.
Prefeito reage e diz ser vítima de narrativa política
Após a operação, Alei Fernandes divulgou nota pública e falou à imprensa local. Ele classificou a investigação como uma ação com motivações políticas, e apontou diretamente o deputado estadual Damiani da TV (MDB) como responsável por orquestrar as denúncias.
“Essa operação é fruto de uma perseguição. Trata-se de narrativa montada por adversários políticos que não aceitam o resultado das urnas. Estou com a consciência limpa”, afirmou o prefeito.
Defesa nega irregularidades e questiona provas da PF
O advogado do prefeito, Rodrigo Cyrineu, também se pronunciou. Ele alegou que a investigação carece de provas materiais e se baseia em especulações. “Não há nenhum elemento concreto que comprove a prática de Caixa 2. Trata-se de uma hipótese sem sustentação técnica ou jurídica”, declarou.
A defesa ainda destacou que a contratação da empresa investigada ocorreu dentro da legalidade e que todas as despesas de campanha foram devidamente registradas.
Disputa política ganha novo capítulo em Sorriso
O embate entre Alei Fernandes e Damiani da TV já era conhecido nos bastidores políticos de Sorriso. Agora, com a entrada da Polícia Federal no caso, o conflito se intensifica e pode ter reflexos na governabilidade do município, além de impactar possíveis projeções eleitorais para 2024.
O desfecho dependerá do avanço das investigações e da apresentação de provas robustas por parte da PF e do Ministério Público. Por ora, Alei segue no cargo e mantém sua base aliada no controle da prefeitura.
Perguntas e respostas
É uma operação da Polícia Federal que investiga possível Caixa 2 e uso de empresa de fachada para ocultar gastos eleitorais na campanha de 2022 em Sorriso.
Segundo a defesa, não há provas concretas. A investigação segue em andamento e ainda não houve apresentação de denúncia formal.
A PF não citou o nome de Damiani oficialmente. A acusação parte do próprio prefeito, que afirma ser vítima de uma articulação política do adversário.