Duas mulheres protagonizaram uma briga na noite de quinta-feira (8), em Cuiabá (MT), após trocarem ofensas por telefone. O desentendimento começou quando uma delas declarou que não gostava da outra. A amiga da ofendida ouviu a declaração, reagiu com ameaças e afirmou que também não gostava da rival. Pouco depois, ambas se encontraram na rua e iniciaram uma série de agressões físicas, com puxões de cabelo e xingamentos.
Populares que testemunharam o confronto não interferiram. Em vez disso, gravaram a cena com celulares e transmitiram a briga em tempo real por meio de “lives” em redes sociais. Os vídeos rapidamente circularam em grupos de WhatsApp e perfis públicos, viralizando entre moradores da cidade.
Rivalidade antiga motivou agressão
Moradores próximos às envolvidas relataram que o atrito entre as duas mulheres se arrasta há quase três anos. Uma delas vinha perseguindo e provocando a outra de forma constante, segundo relatos locais. A motivação, considerada fútil por conhecidos, envolvia desentendimentos pessoais não resolvidos.
Apesar da longa duração do conflito, nenhuma das envolvidas formalizou denúncias anteriores. O episódio desta quinta-feira parece ter sido o estopim de uma tensão acumulada ao longo dos anos.
Redes sociais transformam violência em espetáculo
Ao transmitirem a briga ao vivo, os espectadores expam as envolvidas a centenas de visualizações e comentários. A atitude, cada vez mais comum, revela a banalização da violência no ambiente digital. Especialistas apontam que essa prática reforça comportamentos agressivos e reduz a empatia coletiva.
A Polícia Civil não comentou o caso, e órgãos de proteção à mulher também não se posicionaram. O silêncio institucional preocupa ativistas que acompanham casos de violência interpessoal na região.
Perguntas frequentes
As pessoas buscam audiência, status digital e agem por impulso, muitas vezes sem consciência do impacto.
Sim, pode configurar apologia à violência e violação de direitos de imagem, dependendo do contexto.
A recomendação é não intervir fisicamente, acionar a polícia e evitar gravar ou compartilhar vídeos.