Policial penal é assassinado após confundir revólver com “arma de gel” durante assalto; veja vídeo

policial penal

Na noite de quinta-feira, 19 de dezembro de 2024, criminosos assam o policial penal Henry dos Santos Oliveira, de 51 anos, durante uma tentativa de assalto em um depósito de bebidas em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

As câmeras de segurança registraram o momento em que o policial penal Henry abordou um dos criminosos armado na rua enquanto ocorria o assalto. Ele sacou sua arma e tentou intervir. No entanto, três cúmplices saíram do depósito, se aproximaram rapidamente e dispararam contra o policial, matando-o na hora. Uma segunda pessoa também sofreu ferimentos, mas sobreviveu sem gravidade.

Uma fatal confusão: arma de brinquedo ou perigo real?

As “arminhas de gel”, que se tornaram febre nas últimas semanas, foram um elemento-chave nessa tragédia. Os brinquedos imitam armas reais, disparando pequenas esferas de gel, e têm gerado polêmica em várias capitais brasileiras. No caso de Henry, a semelhança das réplicas com armamentos reais contribuiu para sua decisão inicial de abordar os criminosos de maneira menos defensiva. Porém, o que ele pensava serem brinquedos eram, na verdade, armas letais. A confusão foi fatal, destacando os perigos da banalização de réplicas de armas em ambientes urbanos.

Outro detalhe intrigante do crime foi o disfarce dos assaltantes. Segundo a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), os três homens estavam vestidos como agentes de trânsito da Prefeitura do Rio, estratégia que evitou suspeitas iniciais. Disfarces como esse têm sido utilizados por criminosos para se infiltrar em áreas públicas sem levantar alertas, complicando ainda mais o trabalho de segurança pública. Especialistas apontam que essa prática evidencia a necessidade de reforçar os protocolos de identificação e vigilância em áreas urbanas

Criminalidade cresce no Rio de Janeiro

Os índices de criminalidade no estado revelam desafios constantes. Apesar de uma leve redução nos homicídios dolosos, que somaram 1.683 casos nos primeiros sete meses de 2024, outros crimes continuam alarmantes. A letalidade policial, por exemplo, alcançou 6.393 mortes no Brasil em 2023, um aumento de quase 189% em dez anos. A violência nas áreas dominadas por disputas territoriais contribui diretamente para a insegurança, tanto para os moradores quanto para os agentes de segurança.

Por que os criminosos escolhem Santa Cruz para seus ataques?
A região possui disputas entre facções e milícias, o que aumenta a tensão e a violência.

A letalidade policial aumentou no Brasil?
Sim, as mortes causadas por ações policiais cresceram 189% em uma década.

Quais são as áreas mais perigosas para policiais no Rio?
A Zona Oeste, incluindo Santa Cruz, concentra grande parte da violência contra agentes.

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