Policiais agridem homem durante abordagem no meio da rua; veja vídeo

Policiais agridem homem durante abordagem no meio da rua

Uma câmera de segurança registrou uma cena alarmante no município de Graça, no interior do Ceará. Três policiais militares abordaram um homem que caminhava tranquilamente pela rua. Em seguida, iniciaram uma série de agressões: tapas, socos e uma joelhada violenta no abdômen, que o lançou ao chão.

Mesmo após quebrar uma câmera, policiais foram desmascarados

Logo depois do ataque, os agentes identificaram a câmera que havia captado a violência e, de forma deliberada, destruíram o equipamento. Acreditavam, portanto, que haviam eliminado qualquer prova do abuso. No entanto, não perceberam a existência de uma segunda câmera, instalada em um ponto diferente da rua. Essa gravação sobreviveu e agora circula nas redes sociais, provocando indignação nacional.

Diante da repercussão, a Polícia Militar do Ceará anunciou a abertura de um procedimento istrativo para investigar o caso. Além disso, afirmou em nota que não compactua com desvios de conduta e reforçou seu compromisso com a legalidade e os direitos humanos.

Homem foi levado a uma mata e ameaçado de morte

O caso se agravou ainda mais com o relato da vítima. Após ser espancado na rua, o homem — que carregava uma pequena quantidade de drogas no bolso — foi conduzido até uma área de mata. Ali, segundo ele, os policiais continuaram com as agressões físicas e, mais grave, o ameaçaram de morte. “Disseram que iam me sumir”, contou o homem, que preferiu não se identificar por medo de represálias.

Esse episódio levanta, mais uma vez, o debate sobre os limites do uso da força por parte das forças de segurança, especialmente em regiões menos fiscalizadas.

Violência policial avança longe dos grandes centros

Embora o caso de Graça tenha ganhado visibilidade por conta da gravação, situações semelhantes ocorrem com frequência em cidades pequenas. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mais de 6 mil pessoas morreram em ações policiais no Brasil em 2023. Esse número, portanto, revela um problema crônico de uso excessivo da força.

Além disso, a ausência de câmeras corporais, aliada à atuação frágil de corregedorias, dificulta a responsabilização dos agressores. Por outro lado, especialistas apontam que a transparência e o controle externo são ferramentas fundamentais para romper esse ciclo.

Perguntas frequentes

Por que os policiais destruíram a câmera se não havia nada a esconder?

Porque sabiam que agiam fora da lei.

A segunda câmera foi suficiente para impedir o pior?

Não evitou a agressão, mas ao menos expôs a verdade.

Quem fiscaliza os agentes do Estado nas pequenas cidades?

Quase ninguém. E isso mantém a violência invisível.

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