A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, na manhã desta quinta-feira (5), a terceira fase da Operação Eclipse e desarticulou o núcleo financeiro de uma facção criminosa que movimentava mais de R$ 22 milhões com o tráfico de drogas. As equipes cumpriram 68 ordens judiciais, entre prisões, buscas, apreensões e bloqueios de contas bancárias.
Os policiais prenderam uma das principais lideranças da facção, responsável pela gestão financeira de operações ilícitas em 43 cidades. Eles também prenderam a esposa do líder e um empresário de Rondonópolis, que lavava dinheiro para o grupo.
Operação causa prejuízo milionário à facção
Durante a operação, a Polícia Civil executou cinco prisões, 16 mandados de busca e apreensão e 16 sequestros de bens móveis e imóveis, com valor estimado em mais de R$ 1 milhão. Além disso, bloqueou 14 contas bancárias, atingindo o montante de até R$ 7 milhões.
Os mandados foram cumpridos em Água Boa, Rondonópolis e Canarana. As equipes da Delegacia de Água Boa, do Núcleo de Inteligência Regional, da Delegacia de Roubos e Furtos de Rondonópolis e da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) atuaram de forma integrada.
O delegado Matheus Soares Augusto afirmou que a operação mira a estrutura estratégica da facção. “Neutralizamos figuras-chave da organização, causando um impacto direto na logística e na capacidade de financiamento do grupo”, destacou.
Líderes ostentavam vida de luxo em Rondonópolis
A investigação revelou que o chefe financeiro da facção ostentava uma vida de alto padrão. Ele mantinha casas luxuosas, caminhonetes de alto valor, uma chácara de lazer e frequentava resorts. A esposa, que também participava da gestão do tráfico, gastava com roupas de grife e tratamentos estéticos.
O empresário preso, dono de uma loja de roupas em Rondonópolis, desempenhava papel fundamental na lavagem de dinheiro, facilitando o fluxo financeiro da organização criminosa.
Facção operava em 43 cidades
A Polícia Civil descobriu que o líder comandava o tráfico de drogas em 43 cidades, incluindo Nova Xavantina, Pontal do Araguaia, Confresa, Barra do Garças, Primavera do Leste, Alto Taquari, e Canarana. Mesmo sem pisar em Água Boa, ele coordenava as atividades criminosas a partir de Rondonópolis e controlava as prestações de contas dos traficantes locais.
Essa rede organizada e eficiente permitia à facção expandir suas atividades e manter o domínio sobre o tráfico em diversas regiões do estado.
Operação eclipse impõe golpe estruturante no crime organizado
A Operação Eclipse já se consolidou como um dos principais marcos no combate ao crime organizado em Mato Grosso. A estratégia da Polícia Civil enfraqueceu a facção, atingindo seu topo hierárquico e desestruturando sua base financeira.
O delegado Matheus Soares Augusto afirmou que novas fases da operação podem ocorrer. “Seguiremos avançando até desarticular totalmente a organização criminosa”, concluiu.
Perguntas frequentes
O líder financeiro da facção, sua esposa e um empresário de Rondonópolis.
Mais de R$ 22 milhões provenientes do tráfico de drogas.
Em 43 cidades de Mato Grosso, comandadas a partir de Rondonópolis.