Na manhã desta quarta-feira (6), a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) prendeu Djavan Santos Conceição, conhecido como “Edcity” ou “Rei de Copas” do baralho do crime da Bahia, em um bairro nobre de Cuiabá. Apontado como líder de uma facção criminosa baiana, Djavan vivia uma vida de luxo na cidade, onde se disfarçava como empresário. Para isso, utilizava uma identidade falsa, residindo em uma casa de alto padrão no bairro Coophema e acumulando itens importados, levando uma rotina de ostentação que contrastava com seu histórico criminal.
Polícia pr3nde chefe de f4cção cr1minosa baiana, Djavan Santos, em bairro Nobre de Cuiabá pic.twitter.com/jPYdKUwuRs
— perrenguematogrosso (@perrenguemt) November 6, 2024
Djavan Santos operava mesmo à distância
Apesar de estar longe da Bahia, Djavan Santos continuava a comandar operações de tráfico de drogas e armas de forma ativa e com grande alcance internacional. Segundo a polícia, ele adquiria armamentos pesados, como fuzis e pistolas, diretamente da Bolívia e coordenava o envio desses itens para a Região Metropolitana de Salvador. Com isso, ele fortalecia a estrutura da facção, mantendo sua capacidade de enfrentar facções rivais e ampliar o domínio territorial em áreas estratégicas.
Essa atuação possibilitava à facção consolidar seu poder e estabelecer uma rede de violência, o que, por sua vez, gerava disputas constantes por território e afetava diretamente a segurança pública. Assim, o envolvimento de Djavan no tráfico internacional de armas e drogas aumentava ainda mais as dificuldades enfrentadas pelas autoridades no combate ao crime organizado na Bahia.
Histórico de crimes violentos e liderança na facção
Além de seu papel no tráfico, Djavan Santos possui um extenso histórico de crimes violentos, incluindo tráfico de drogas, execuções de rivais, ataques a caixas eletrônicos e atentados contra agentes de segurança. Conhecido como “Rei de Copas” no baralho do crime baiano, ele exercia uma posição de grande liderança dentro da facção, influenciando diretamente decisões estratégicas e ações que aumentavam a violência em determinadas regiões. Esse histórico reforça a periculosidade de Djavan e justifica o foco das autoridades em sua captura.
Operação Nexus: Ação integrada das forças policiais captura o “Rei de Copas”
A captura de Djavan Santos ocorreu como resultado da Operação Nexus, que foi cuidadosamente planejada e executada após vários meses de monitoramento intenso. Com o apoio de diversas forças de segurança do Mato Grosso, incluindo o BOPE, a operação contou com a integração da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Judiciária Civil e Polícia Militar. Dessa forma, as equipes conseguiram cumprir dois mandados de busca e um de prisão preventiva, todos expedidos pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá, garantindo o êxito da ação.
Por fim, as autoridades consideram a prisão de Djavan Santos Conceição um golpe significativo contra o crime organizado na Bahia. Dessa maneira, a retirada de líderes de alto escalão enfraquece as facções, pois desestrutura suas cadeias de comando, limita suas operações e, ao mesmo tempo, dificulta a comunicação interna entre seus membros.