A Polícia Civil de Mato Grosso descobriu e desarticulou, na última quarta-feira (21), um posto clandestino que abastecia garimpos ilegais em Pontes e Lacerda, a 445 quilômetros de Cuiabá. Os policiais localizaram cerca de 200 mil litros de óleo diesel, além de maquinários e equipamentos utilizados na atividade criminosa.
A operação começou após a Polícia Rodoviária Federal apreender, na terça-feira (20), dois veículos carregados com aproximadamente mil litros de diesel cada. Um estava em uma estrada vicinal e o outro, dentro de uma fazenda. O proprietário da terra, um produtor rural de 53 anos, se apresentou e alegou não saber que utilizavam a propriedade para armazenar combustível ilegal.
Drone flagra nova movimentação em fazenda vizinha
No dia seguinte, os investigadores receberam a informação de que o combustível dos veículos apreendidos havia saído de outra fazenda da mesma família. A denúncia apontava o genro do produtor como responsável por istrar o posto ilegal.
A equipe da delegacia de Pontes e Lacerda usou um drone para sobrevoar o local denunciado. Ao chegar, os policiais notaram que os suspeitos haviam removido os contêineres e os materiais do posto clandestino. A Polícia Civil então decidiu investigar uma terceira fazenda do mesmo grupo familiar.
Durante o novo sobrevoo, os agentes visualizaram 22 contêineres, uma escavadeira hidráulica, um trator, mangueiras e bombas de transferência de combustível. Imediatamente, os policiais se dirigiram ao local e abordaram um homem de 27 anos, que se identificou como funcionário da propriedade.
Funcionário confessou operação noturna de transporte de combustível
Inicialmente, o funcionário negou envolvimento com a atividade ilegal e disse que apenas cuidava da criação de animais. No entanto, após ser questionado, ele confessou que havia transportado o combustível durante a madrugada, com auxílio da escavadeira e do trator, após saber da prisão de outro funcionário na véspera.
A Polícia Civil prendeu o funcionário em flagrante e o levou à delegacia. Os agentes registraram o caso como crime ambiental, por armazenar e comercializar substância perigosa sem autorização legal.
Operação causa prejuízo milionário ao crime
A operação resultou na apreensão de todo o material e gerou um prejuízo estimado em R$ 600 mil à rede criminosa. A Polícia Civil segue com as investigações para identificar os líderes do esquema.
Perguntas frequentes
É uma estrutura ilegal que armazena e vende combustíveis sem autorização dos órgãos reguladores.
Porque ele alimenta escavadeiras, dragas e geradores usados na extração mineral.
A apreensão causou um prejuízo estimado em R$ 600 mil aos envolvidos.