Nesta quarta-feira (2), a Polícia Militar do Meio Ambiente, com apoio do Ibama e do Bope, realizou uma operação que destruiu quatro garimpos ilegais de ouro na zona rural de Mariana (MG). A ofensiva, realizada nos distritos de Monsenhor Horta e Furquim, resultou na explosão de dez motores, cinco dragas e uma grande quantidade de mangueiras e equipamentos usados na extração clandestina. Dessa forma, as autoridades buscaram impedir a retomada imediata das atividades criminosas na região.
Impacto ambiental impulsiona resposta rápida
Segundo os órgãos envolvidos, o garimpo ilegal vinha provocando sérios danos ambientais. Além da poluição de rios com sedimentos e substâncias tóxicas, a atividade devastava áreas de vegetação nativa e alterava ecossistemas locais. Por esse motivo, as equipes optaram por eliminar os equipamentos no próprio local, utilizando explosivos. Essa abordagem, embora drástica, mostrou-se necessária diante da reincidência das ações criminosas e da logística difícil de remoção das estruturas.
Explodir para conter: uma estratégia que se repete
Além disso, a destruição imediata dos materiais representa uma estratégia eficaz e cada vez mais comum nas ações contra o garimpo. As forças policiais afirmam que, ao inviabilizar os instrumentos de trabalho, reduzem significativamente a possibilidade de retorno rápido dos grupos ilegais. Ao mesmo tempo, a medida reduz custos operacionais e aumenta o impacto dissuasivo da operação. Portanto, trata-se de uma resposta direta e simbólica à ilegalidade.
Garimpo clandestino avança com mercado permissivo
Contudo, mesmo com ações pontuais, o garimpo ilegal segue avançando em várias regiões do Brasil. Estima-se que bilhões de reais circulem anualmente por meio da venda de ouro de origem suspeita. Grande parte desse metal entra no mercado formal graças à emissão de notas fiscais frias, que dificultam o rastreamento. Assim, a impunidade permanece, favorecendo redes criminosas e fragilizando a fiscalização.
Perguntas frequentes
A legislação falha e o controle ineficaz permitem brechas na rastreabilidade.
Investidores ocultos e atravessadores apostam no lucro alto e risco baixo.
A falta de recursos, além da pressão política e econômica, dificulta ações contínuas.