A Polícia Militar prendeu, na sexta-feira (2), um homem no bairro Três Barras, em Cuiabá, após ele transportar partes de um animal abatido no porta-malas de um Fiat Uno. Um morador denunciou o caso ao abordar uma viatura e afirmar que o suspeito carregava carne de cavalo no carro.
Os policiais localizaram o veículo, abordaram o motorista e fizeram a revista. Embora não encontrassem objetos ilícitos com o condutor, eles descobriram pedaços de carne animal embalados de forma improvisada no compartimento traseiro.
Suspeito alega abate de novilha, mas não apresenta provas
Durante o interrogatório, o homem alegou que transportava carne de uma novilha que, segundo ele, morreu nos fundos do supermercado Atacadão, na região da Morada do Ouro. No entanto, ele não apresentou nenhum documento que comprovasse a posse do animal ou a legalidade do transporte da carne.
Os policiais identificaram inconsistências no relato e conduziram o suspeito à Central de Flagrantes.
Vítima afirma que suspeito já abateu cavalo furtado
O denunciante revelou que o mesmo homem furtou e abateu um cavalo de sua propriedade dias antes. Ele disse possuir fotos e vídeos que comprovam o crime e acusou o suspeito de vender carne de cavalo abatido clandestinamente.
A Polícia Militar orientou o denunciante a entregar o material diretamente ao delegado de plantão, que pode usar as provas para embasar novas investigações.
Governo pede que população denuncie crimes similares
A Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso e a Delegacia Especializada do Meio Ambiente (DEMA) pedem que os cidadãos denunciem qualquer atividade suspeita. Os canais de denúncia incluem o telefone 190 (PM), 197 (Polícia Civil) e o aplicativo MT Cidadão.
A prisão em Três Barras evidencia um problema silencioso que ameaça a saúde pública e o bem-estar animal. As autoridades prometem intensificar as ações de fiscalização e punir quem comercializa carne sem origem comprovada.
Perguntas frequentes
Sim. A venda de carne de cavalo é proibida para consumo humano e configura crime contra a saúde pública e maus-tratos aos animais.
Desconfie de preços muito baixos, falta de selo de inspeção (SIF, SIE ou SIM) e ausência de nota fiscal.
A pessoa pode ser presa em flagrante e responder por crime sanitário, ambiental e até furto, se houver denúncia de roubo do animal.