A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (3), a Operação Castelo Branco. A ação desarticulou um esquema bilionário de tráfico interestadual de drogas e lavagem de dinheiro. Os agentes agiram simultaneamente em Cuiabá e Várzea Grande (MT), Palmas (TO) e Juazeiro do Norte (CE). A operação mobilizou 50 policiais para cumprir 10 mandados de prisão e 11 de busca e apreensão.
A Justiça Federal, por meio da 3ª Vara Criminal de Várzea Grande, autorizou também o sequestro de bens imóveis avaliados em R$ 150 milhões. A Polícia Federal estruturou a operação seguindo diretrizes que priorizam o desmonte patrimonial das organizações criminosas. A ação visa também a captura de lideranças e garante apoio de cooperação internacional.
Investigação revela antecedentes e prisões fortalecem caso
Durante as investigações, a Polícia Federal constatou que vários alvos já carregavam antecedentes criminais relacionados ao tráfico de drogas. Os agentes flagraram três prisões: duas ocorreram no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande (MT), e outra no município de Aragarças (GO). Esses flagrantes comprovaram a atividade intensa e a organização dos criminosos.
A PF indiciou os investigados por tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. A soma das penas pode alcançar 35 anos de prisão, sinalizando o peso das acusações e a gravidade dos crimes cometidos.
Quadrilha movimentava milhões e ocultava patrimônio
A investigação revelou que a quadrilha lavava dinheiro por meio da aquisição de imóveis de luxo e utilizava laranjas para ocultar a origem ilícita dos recursos. Esse esquema sofisticado blindava o patrimônio dos criminosos e dificultava o rastreamento pelos órgãos de controle.
Relatórios internacionais, como o da Global Financial Integrity, mostram que o Brasil perde anualmente cerca de US$ 15 bilhões em fluxos financeiros ilícitos — boa parte disso vinculada à lavagem de dinheiro e ao tráfico. A ação da Polícia Federal ataca justamente esse elo financeiro que sustenta o crime organizado.
Perguntas frequentes
Cuiabá e Várzea Grande (MT), Palmas (TO) e Juazeiro do Norte (CE).
Aproximadamente R$ 150 milhões em imóveis e patrimônios.
As penas podem chegar a até 35 anos de prisão.