A Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) da Polícia Civil de Mato Grosso apreendeu, na sexta-feira (6), mais de 124 quilos de pescado ilegal em uma chácara localizada em Barão de Melgaço. A operação atendeu uma denúncia anônima que alertou sobre o armazenamento clandestino de espécies protegidas, prestes a serem transportadas ilegalmente.
Os policiais foram até o local indicado, uma propriedade rural pertencente a um idoso, pai do suspeito. No primeiro momento, encontraram apenas alguns peixes do tipo pacupeva na residência. O dono do imóvel afirmou que guardava os peixes apenas para consumo próprio.
Policiais vasculham mandiocal e descobrem esconderijo
Após novas informações, a equipe decidiu intensificar a varredura pela propriedade. Os agentes encontraram, escondidas sob arbustos em uma plantação de mandioca, duas geladeiras velhas deitadas no chão. Dentro delas, localizaram diversos peixes protegidos cobertos com pacotes de gelo.
Os policiais contabilizaram 4 cacharas, 19 pintados, 31 pacupevas e 2 piavussus, além de um freezer e uma balança de precisão, instrumentos que indicam tentativa de comercialização ilegal do pescado.
Delegacia abre inquérito contra suspeito foragido
O responsável pelo crime ambiental não estava na propriedade no momento da operação. A Dema instaurou inquérito policial contra ele, que responderá por crime previsto na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998). A legislação prevê pena de até três anos de detenção, além de multa, para quem pescar, transportar ou comercializar espécies proibidas.
Os investigadores seguem apurando o caso e buscam identificar outros envolvidos no esquema criminoso. A Polícia Civil suspeita que o grupo possa integrar uma rede clandestina de comercialização de pescado na região pantaneira.
Perguntas frequentes
No Pantanal mato-grossense, a cerca de 110 km de Cuiabá.
A lei proíbe pescar cachara, pintado, pacupeva e piavussu em épocas de defeso.
Responde por crime ambiental, com pena de até 3 anos de prisão e multa.