A campeã olímpica Imane Khelif decidiu não disputar a Copa do Mundo de Boxe em Eindhoven, realizada entre 5 e 10 de junho de 2025. A desistência veio logo após a World Boxing, federação internacional responsável pelo boxe olímpico, introduzir uma nova política que exige teste genético obrigatório para comprovação de gênero.
“Para nós, todos os atletas são bem-vindos em Eindhoven” — afirmou Joren Dijsselbloem, prefeito da cidade, criticando abertamente a nova diretriz imposta pela entidade.
A polêmica dos testes genéticos no boxe olímpico
A World Boxing anunciou que todos os atletas com mais de 18 anos que desejarem competir em eventos oficiais terão que ar por um exame genético PCR. O teste busca identificar o cromossomo Y através de amostras de saliva, sangue ou swab nasal, determinando o sexo biológico atribuído no nascimento.
A federação afirma que a medida visa “garantir a segurança de todos os participantes e proporcionar uma competição com igualdade de condições para homens e mulheres”. No entanto, a política gerou críticas de setores esportivos e políticos, acusando a organização de discriminação.
Segundo a nova regra, atletas com presença do cromossomo Y ou condições específicas de desenvolvimento sexual (DSD) am por uma triagem adicional com especialistas clínicos. Somente atletas designados mulheres no nascimento, com cromossomo XX ou ausência do cromossomo Y, serão considerados elegíveis para a categoria feminina.
O caso de Imane Khelif
Campeã nas Olimpíadas de Paris, Khelif foi alvo de notícias falsas durante os Jogos, que afirmavam erroneamente que ela seria uma mulher transgênero. Agora, sob a nova política, a boxeadora foi suspensa da categoria feminina até que se submeta ao teste.
A carta da World Boxing à federação argelina foi clara:
“Imane Khelif não poderá participar da categoria feminina na Copa do Mundo de Eindhoven, de 5 a 10 de junho de 2025, e em qualquer evento da World Boxing até que Imane Khelif seja submetida a um teste genético de sexo, de acordo com as regras e procedimentos de teste do World Boxing.”
Além de perder o prazo de inscrição, Khelif optou por não participar enquanto a nova regra vigorar, reforçando o debate sobre limites éticos e científicos em regulamentos esportivos.
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Perguntas frequentes
Ela perdeu o prazo de inscrição e está suspensa por não realizar o teste de gênero obrigatório.
Garantir segurança e igualdade de condições entre atletas masculinos e femininos.
A presença ou ausência do cromossomo Y para determinar o sexo biológico.