Uma cena registrada por celular chocou moradores do Jardim das Imbuias, na Zona Sul de São Paulo. Dois policiais militares aparecem espancando um homem no chão com chutes e cassetetes, enquanto um terceiro agente, embora armado, observa sem interferir. O vídeo rapidamente se espalhou pelas redes sociais, provocando indignação nacional.
Após o vídeo, PMs são afastados e medidas emergenciais são adotadas
Diante da repercussão, a Polícia Militar afastou imediatamente os três policiais envolvidos. Além disso, transferiu os agentes para funções istrativas enquanto a Corregedoria apura os fatos. Como resposta inicial, a corporação determinou que os PMs participem de aulas de direitos humanos. Embora a instituição tenha informado que o homem detido conduzia uma moto roubada e tinha antecedentes por roubo e sequestro, também reconheceu que os métodos utilizados na abordagem violaram as diretrizes da corporação.
Ouvidoria reage com firmeza e aponta crime de tortura
Além das ações da própria PM, a Ouvidoria da Polícia também se manifestou. O ouvidor Mauro Caseri classificou o episódio como tortura e sugeriu que os policiais em por avaliação clínica. Ele afirma que o caso ultraa a definição de excesso isolado. Pelo contrário, ele destacou que a omissão do terceiro agente agrava ainda mais a situação e exige medidas corretivas urgentes.
Estatísticas mostram que o caso não é isolado
Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, somente em 2023, mais de 6.400 pessoas morreram em ações policiais no Brasil. Desse total, quase um terço ocorreu no estado de São Paulo. Ou seja, o caso no Jardim das Imbuias reforça um padrão preocupante. Além disso, especialistas alertam que medidas pontuais, como cursos ou afastamentos temporários, dificilmente resultam em mudanças reais sem uma reformulação profunda na cultura organizacional da polícia.
Perguntas frequentes
A omissão pode indicar conivência ou medo de retaliação, o que revela problemas estruturais na corporação.
Não. O afastamento apenas evita o contato direto com o público durante a investigação.
Somente quando combinados com fiscalização, acompanhamento psicológico e punição efetiva.
